Vale a pena assistir ‘Rede de Ódio’ na Netflix?
CARACA! Sabe aqueles suspenses de tirar o fôlego que envolve muita crítica social e um ‘q’ de sociopatia? Pois bem Rede de Ódio é um desses filmes.
O longa chegou ontem (29 de julho) na Netflix, e muito possivelmente será o próximo sucesso da plataforma.
Ganhador do Tribeca Filme Festival, ‘Rede de Ódio’ acompanha Tomasz, um jovem rapaz que é expulso da universidade de direito por plágio. É apresentado como um caipira que perdeu os pais de maneira estranha e vive de auxilio de uma família muito rica. Apaixonado pela filha deste casal, Gabi; ele tenta de maneira escusas alcançar os objetivos de sua vida. Fundamentado no Sun Tzu (A arte da Guerra), através de fake news criadas pela agência onde trabalha, ele consegue manipular e afetar seus “adversários”, chegando a medidas extremas. Será que conseguirá?
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Algo que você talvez não saiba é que ‘Rede de Ódio’ é uma sequência. O filme original se chama ‘Suicide Room‘ (imagem acima) lançado em 2011. E por mais que isso não seja verbalizado durante a trama, existem dois elementos fundamentais que os conectam. O primeiro deles é a chefe de Tomasz na agência, ela é a mãe do protagonista do filme original, inclusive ao longo de ‘Rede de ódio’ é possível ver uma foto dele em sua casa. Já o segundo elemento é quando Tomasz leva Rudnicki à uma boate gay para desmascara-lo, essa cena é um elemento direto à ‘Suicide Room’ que aborda o fato de um beijo entre dois homens ter viralizado e causado consequências sérias. Além de ambos os filme estarem vinculados aos impactos que as comunidades virtuais possuem.
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O roteiro, repleto de falas simbólicas, irônicas e perspicazes, servem como um alerta por nos por cara a cara com o cotidiano real e o quão fácil as pessoas são manipuláveis.
O ator Maciej Musiałowski é simplesmente impecável nas expressões vazias que nos faz perceber o mesmo vazio que existe em si, e que grita por ser preenchido.
Particularmente a construção feita dentro de personagens subestimados que crescem ao longo da narrativa me conquistam; E como quem é oprimido, a expressão de quem agora oprime se transforma em uma das melhores reviravoltas e acredito que isso faz de Rede de Ódio um filme vencedor.
O suspense polonês do diretor Jan Komasa é uma aposta incrível e inteligente, principalmente por conversar com a temática jovem, abordando debates sobre ética, política, além da obsessão pelo mundo virtual e seus perigos.
Por mais que ‘Rede de ódio’ não seja uma produção brasileira, é muito palpável e se assemelha a nossa realidade, e isso o faz relevante e definitivamente instigante. Se ainda tem dúvidas, Assista!
Rede de ódio já está disponível na Netflix.