Soul teve alguns finais alternativos pensados para o filme

Pete Docter e Kemp Powers escolheram seu final e divulgaram o mais novo lançamento do Disney+ no último dia 25. Soul chega para contar a história de Joe, um músico frustrado com seus fracassos na carreira musical e que agora ganha a vida ensinando crianças em uma escola primária. Após todo o desenvolver do filme, chegamos ao grande final, onde o personagem ganha a oportunidade de voltar a Terra e aproveitar ao máximo o que acontece por aqui. 

O que muitos não sabiam, porém, era que Powers e Docter tinham outros planos para o final da produção. Em uma entrevista recente, os cineastas garantiram que o desfecho inicial não seria tão feliz. 

“Temos versões do final em que Joe não volta para seu corpo, onde na verdade permanece morto. Temos versões do final em que você vê Joe na Terra um ano depois. Cara, aquele final gerou mais debate do que qualquer outro elemento do filme. A versão com Joe não voltando para seu corpo, ela basicamente acabava com ele se tornando um mentor da Escola da Vida, mas um mentor de verdade. Ele ficou e acabou sendo, tipo, o melhor mentor de todos os tempos, e ele apresentou muitas ideias novas a Escola da Vida. Ele meio que revolucionou a coisa toda. Foi muito fofo e engraçado e irritou algumas pessoas, mas você aprende tentando. Não funcionou, mas foi uma exploração divertida” – comentou Powers. 

Já Docter foi ainda mais adiante.

Acho que as pessoas achavam que seria trapaça deixá-lo voltar. Por outro lado, em termos de história, você não pode ensinar esse cara a aproveitar a vida da maneira certa e depois roubar isso dele. Então, simplesmente não parecia o caminho certo a seguir, embora essa fosse a ideia do primeiro rascunho. Na época, eu estava pensando: o ato mais altruísta que ele poderia fazer é partir. Ele teve a chance. Já aproveitou a vida. Agora, ele daria isso a 22. Isso parecia poético e bom, mas no final das contas, no filme, cada cena era Joe dizendo, ‘Espere um segundo, eu não vivi isso da maneira certa antes.’ Portanto, no final não parecia certo dizer ‘Tudo bem, pode ir!’ Nessa versão ele estava, tipo, em paz e se foi.

Mas houve outra versão em que ele realmente ia para o Grande Além, havia uma cena lá. E percebemos que provavelmente estávamos brincando com fogo, embora fosse muito esotérico. Não acho que tínhamos sido muito explícito em termos de ‘assim é a vida após a morte!’ era mais abstrato. Mesmo assim, decidimos: ‘Hm, provavelmente é perigoso.’ E, em última análise, não era certo para o filme, o mais importante.”

 

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