Lázaro Ramos revela que se identifica com seu personagem de ‘Papai é Pop’
Lázaro Ramos é pai de dois filhos: João, de 11 anos, e Maria, de sete. No filme ‘Papai é Pop’, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (11), interpreta Tom, um pai de primeira viagem que ainda não sabe lidar com o nascimento de Laura. Em entrevista concedida à criadora de conteúdo Cris Siqueira, do Canal Cris e Panda no Youtube e do Coxinha Nerd, canal parceiro da Ingresso.com, Lázaro afirma que se identificou muito com o personagem que interpreta e revela também ter ficado com medo da responsabilidade de ser pai, mas acredita que a paternidade o tornou um homem melhor.
“Quando Taís (Araújo) engravidou, planejei minha paternidade de forma muito racional. Eu vou ser um pai que abraça, conversa, a escola (que ele vai estudar) vai ser assim. Planejei tudo. Mas aí quando meu primeiro filho nasceu, eu comecei a fazer um monte de besteira. Na verdade, eu não sabia tanto assim. O racional não ia me dar todas as respostas, mas sim o emocional. Quando me tornei pai, comecei a ficar com medo da responsabilidade, de não saber fazer as coisas. Fui me construindo no dia a dia”, conta.
Entre todas as mensagens contidas no filme, o ator destaca uma conversa necessária sobre abandono paterno. Ele cita dados sobre o crescimento no número de crianças registradas no Brasil sem o nome do pai na certidão. “Isso é muito sério para a gente ignorar. É uma conversa que o Papai é Pop inicia. O filme não mostra uma fórmula, mas mostra que para ser pai, basta estar presente”.
Parceria entre pai e mãe
Lázaro também acredita que o filme reforça a necessidade de parceria entre pai e mãe dentro da criação de um filho. De acordo com ele, é preciso reconstruir esse modelo ainda muito presente em diversas famílias, onde a mãe possui uma carga solitária nesse cuidado e, muitas vezes, o pai acaba isento dessas responsabilidades.
“Quero que as pessoas discordem muito de uma fala do pai da Elisa (Paola Oliveira), que em determinado momento diz que mãe é peito e pai é bolso. Nós, homens, somos criados para sermos livres, desbravadores. E o cuidar, muitas vezes, se estabelece num outro lugar, de prover e sustentar. Muitas famílias já mudaram esse modelo, mas ainda hoje é assim em muitos lugares. É preciso desmistificar isso”, finaliza.
Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de Laura (Malu Aloise). A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação de Tom com sua mãe, Gladys (Elisa Lucinda), que o criou sozinha. Tom precisa ressignificar tudo que aprendeu até então e entender a importância de uma paternidade ativa. Enquanto Tom está descobrindo um caminho, Elisa vive a maternidade e seus desafios com total dedicação. Apesar de todas as dificuldades do puerpério, ela está inteira naquela vivência. PAPAI É POP carrega a paternidade no título, mas tem no centro da história também a mãe que, muitas vezes, se sente sozinha nessa jornada.
PAPAI É POP já está disponível nos cinemas. Garanta seu ingresso no app/site da Ingresso.com.
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