NAQUELE FIM DE SEMANA é uma boa adaptação?
No último dia 03, chegou na Netflix o thriller ‘NAQUELE FIM DE SEMANA‘. O filme adapta o livro de mesmo nome da autora Sarah Alderson, publicado aqui pela Editora Record. Esse livro foi indicação de uma amiga e enquanto lia imaginava essa história nas telas, sem nem ter noção que uma adaptação estaria sendo desenvolvida.
Nesta trama acompanhamos duas amigas de longa data que viajam para um final de semana na Croácia, na obra original a viagem se passa em Portugal. E depois de uma noite regada a bebida e drogas, uma delas desaparece. O problema é que nossa protagonista não lembra de absolutamente nada.
Um motorista de Uber, um senhorio estranho, e muitos suspeitos cercam este desaparecimento… há quem acredite ser uma grande galhofa, mas pelo contrário, todas as reviravoltas são bem construídas e com embasamento para acontecer, por mais simples que sejam suas resoluções.
Contudo, o maior protagonista dessa história é sem duvida a crítica sobre o silenciamento da mulher. Nossa protagonista é uma turista, que não conhece a língua muito bem, e obviamente não é a mais confiável, mas o gaslighting que sofre das pessoas que precisariam ajudá-la é surreal. Talvez no filme isso não tenha ficado muito evidente, mas no livro esse é um dos maiores fios condutores da narrativa, que no fim acaba por fazer Betty acreditar em si mesma e no seu instinto.
O maior ponto positivo do filme, para mim foi a mudança de final. O responsável pelo crime é o mesmo, mas a montagem de como é feita a descoberta é infinitamente melhor do que na obra original, pois por mais que sejam os mesmos elementos, aqui, vemos uma construção de eventos muito mais sólida e assertiva.
Um thriller potente, daqueles que te prende do início ao fim. Passamos raiva, surtamos e vemos o quebra cabeça das respostas, sendo montado junto com a narradora e terminamos simplesmente querendo mais.
Naquele fim de semana já está disponível na Netflix.
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