Magic Camp é gracioso e divertido do início ao fim

Após tantos anos de produções e lançamentos, “filmes da Disney” tornaram-se quase um gênero dentro do cinema. A expressão é usada para caracterizar filmes cujo final é feliz, sem grandes perdas, com todos os personagens conseguindo aquilo que sempre quiseram. Não espere ver sangue, cabeças rolando e grandes cenas de ação em “filmes da Disney”, mas sim algo divertido e que provavelmente irá aquecer o seu coração. Magic Camp, o mais novo lançamento do Disney+, é sem dúvida um dos filmes da Disney, cujos clichês estão presentes desde o primeiro momento.

O filme

A produção traz como cenário um acampamento de mágica, como no título. Lá, aprendizes de magia se reúnem e ganham a chance de aprender com alguns dos melhores mágicos do país. O líder do acampamento é Preston (Jeffrey Tambor), cuja responsabilidade pelo lugar vem de gerações em sua família. Para resgatar o humor do lugar, Preston chama Andy (Adam Devine), um antigo mágico do acampamento. Após ter sofrido a traição de sua antiga namorada, Christina Darkwood (Gillian Jacobs), ele decidiu largar a magia de vez…até agora.

Do outro lado da cidade, Theo (Nathaniel Logan Mcintyre) ainda está sofrendo com a morte do pai. A magia esteve presente em sua vida desde que o pai lhe deu um pequeno baralho de cartas e lhe transformou em um verdadeiro Houdini das cartas. Seguindo a rotina de ser um pré-adolescente crescendo sem um pai, ele é surpreendido com o convite do Instituto de Mágica. Embora chegue por lá sem esperança nenhuma, o acampamento acaba mudando sua vida da melhor forma possível.

Como um “filme da Disney”, Magic Camp é uma daquelas produções que alegram o coração. É um filme para ver com a família, em uma sessão de domingo onde nada parece agradar no catálogo. Estamos diante de uma produção agradável, divertida e óbvia, repleta de clichês do início ao fim. Não pense que isso prejudica a obra, apenas tira a sensação de originalidade que o filme poderia ter.

Magic Camp

Os personagens aqui são bem desenvolvidos, apesar da pouca idade. Cada criança chegou ali com um motivo e cada um tem seu motivo dentro da magia. A trajetória de Andy e Christina não é muito bem trabalhada, apenas apresentada. Na tentativa de tornar o personagem de DeVine protagonista, a falta de motivação em sua jornada o tornam raso e superficial. Quanto a Christina, o resultado é ainda pior. Ela termina o filme com cerca de 10 minutos em tela e todo o talento de Jacobs fica prejudicado pelo roteiro.

Um final feliz para um filme feliz é o que chega para Magic Camp. Curto, com 90 minutos de duração, a história acaba antes que percebamos. Não há muito a ser desenvolvido além do que é entregue na produção, que culmina em um resultado satisfatório e divertido. Não é o melhor filme da Disney, mas certamente não está entre os piores.

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