Lovecraft Country Review: Episódio 2 – Whitey’s on the Moon
O segundo episódio intitulado “Whitey’s on the Moon” de Lovecraft Country parece querer explorar o significado das memórias dentro da história. Seriam elas verdades ou mentiras? Qual é o o peso das memórias e o que elas refletem para sua família? Memórias e os traumas familiares os principais focos do último episódio que foi ao ar.
Começamos vendo Leti e George curtindo muito o que a mansão Braithwhite tem para oferecer.Em paralelo, Tic refletia em seu quarto sobre o que havia acontecido na floresta na noite anterior, ainda sem entender. Quando o trio se encontra, George e Leti parecem ter em seu quartos tudo o que sempre quiseram na vida, além de simplesmente não lembrarem de nada sobre os eventos da floresta. William apresenta o local para o trio, e justifica a ausência de Montrose… Mas histórias não se encaixam e tudo parece muito suspeito para Tic.
O fator da ausência de memória de George e Leti, aliados a desconfiança constante de Tic, o tornam paranóico levando-os a desconfiança. Tal feito, obviamente foi feito pelos membro do Braithwhite propositalmente para o tornar vulnerável.
Ao observarem o povoado, ao redor da mansão se deparam com uma torre de pedra e com a sua “proprietária”, Dell. O diálogo com a personagem em questão é um dos mais significativos e tecem uma analogia entre ursos e negros, como se as pessoas negras fossem sempre curiosas e violentas. Contudo no fim, o trio percebe que Montrose só poderia estar escondido ali.
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Ao anoitecer, na floresta, george se lembra de algo que será últil futuramente. A mãe de Tic, é da linhagem dos Braithwhite e George lembra que certa vez ela contará uma história sobre sua ancestral que era uma escrava e que teria fugido no meio de uma noite, após um incêndio, muito similar com a história da mansão contada por Willian, mais cedo. Tão logo, são novamente cercados por monstros e desta vez, Cristina os intecepta impedindo o ataque. Logo fica nítido que os monstros ali os servem e mais a frente, o que ainda poderia ser dúvida do espectador fica claro quando vemos uma vaca originando um dos monstros. A explicação clara para tal questão, é que os monstros ali presentes são de fato originados pelos Braithwhite, e que eles servem como seguranças para Ardhan e subvercientes da família, logo dos “Filhos de Adão”.
De volta à mansão Atticus é enviado para ver Samuel Braithwhite, pai de Cristina que está passando por uma cirurgia de remoção de fígado; e em seguida começa a dar uma explicação teológica sobre o significado de uma pintura que representa Adão nomeando as criaturas do mundo, que quer dizer que “Ele pôs tudo em seu lugar”, como se Eva posteriormente tivesse destruido todos os feitos de Adão. Novamente tal fala, representa a discriminação com a figura feminina na época.
Samuel precisa de Tic, mas até então Tic não entende o porque. No entanto, percebe que ele é um mero joguete nas mãos de Samuel para que possa alcançar seus objetivos.
Assim como no episódio anterior, ocorre a partir deste momento a reviravolta da narrativa e assim como se estivéssemos assisntindo “Corra” percebemos que Tic, George e Leti, cada um em seu quarto, sob um feitiço, tem ilusões com base nos seus maiores desejos; enquanto um grupo de burgueses brancos os observam bem como um Big Brother bizarro; Onde posteriormente após o show são convidados a se juntar no jantar.
Atentem para este momento, pois Leti não é considerada convidada, devendo permanecer em seu quarto. Ali, o grupo está abalado emocionalmente e e abalado sobre suas crenças e verdade; e como um pai que tem como objetivo instruir e acolher conforta Tic e Leti, dando-os a força necessária.
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Em tempo, antes do jantar, George teria feito uma descoberta em seu quarto, em meio a estante de livros, encontrara uma cópia dos Estatutos e Preceitos da Ordem do Antigo Amanhecer. Tal livro responde muits dos questionamentos levantados naquela tarde.
Quando Tic e George são servidos de um prato preparado com o figado extraido de Samuel, é a deixa que faltava para George explanar sua descoberta para toda aquela seita intitulada “Filhos de Adão”; para grande desgosto dos homens brancos na sala, ele prova os laços de sangue de Atticus com a família Braithwhite, citando um estatuto que determina que um descendente de Titus pode ordenar aos outros membros da loja como ele escolher.
Precisamos lembrar que estamos falando do universo Lovecraft, contado por Matt Ruff, obviamente teremos muitas referências à Monstros, ao espaço, muita critica social e magia. E esse episódio introduz esse elemento dentro da narrativa.
Após o tenso jantar com a Ordem, George e Atticus vão até o porão da torre de pedra para procurar por Montrose. E duante a fuga colidem com uma barreira mágica que deixa George e Leti a beira da morte. Tic aceita ajudar Samuel no seu objetivo de abrir o portal para o éden em troca Leti e George sobreviveriam.
Ao som do poema “Whitey on the Moon que dá título ao episódios somos confrontados a enxergar as conquistas dos homens brancos enquanto tantos outros negros e pobres vivem a margem da sociedade; em paralelo Tic, é obrigado a se manter de cabeça ergida para fazer valer os caprichos de Samuel. Contudo o que Samuel não tinha ideia era do tamanho do poder de Atticus que simplesmente dizima todos os membros do grupo, chegando a destruir a mansão.
Na fuga, Tic encontra Leti com a pior das notícias, George não sobreviveu. Mas e agora o que esperar? Até que ponto os traumas e os segredos do passado os vão paralizar?
‘Lovecraft Country’ é um show corajoso, e a forma que os EUA é abordado, além de necessário é propositalmente incomodo e desconcertante para quem assiste… E esperamos muito mais disso nos episódios seguintes, que essa mistura social e ficcional sirva de alerta para os dias atuais. Afinal, uma série nunca é só uma série.
A série é exibida aos domingo às 22h na HBO.