HOLLYWOOD | Série retrata a luta por representatividade na indústria!
Sabe aquele medo, que as pessoas têm com as produções de Ryan Murphy? Esqueça! Com Hollywood, Murphy se supera, com começo, meio e fim impecáveis sem deixar de lado sua assinatura.
Descrito como uma homenagem à era de ouro do cinema, acompanha um grupo de atores, diretores e roteiristas que buscam, a qualquer custo vencer em Hollywood, em meio aos anos 40, após a segunda guerra, produzindo um filme que desafia todas as normas aceitas pela sociedade, com uma história sobre pessoas marginalizadas tentando encontrar uma maneira de serem ouvidas.
Sempre soubemos, ou pelo menos vimos retratados, mesmo que de forma subliminar, a dificuldade de se conseguir uma oportunidade na indústria em Hollywood, não é mesmo? Imagine para um negro, ou um homossexual, ou uma mulher, em um local predominantemente masculino, heterossexual e branco? Tudo que fosse por outro caminho, certamente, seria considerado ofensivo a sociedade e arriscado comercialmente.
Assim como uma colcha de retalhos, a trama acaba conectando o protagonista Jack (David Corenswet) com todos os outros personagens, culminando no objetivo principal: oportunidade. Essa característica narrativa, aliada ao glamour e a nudez fazem parte da assinatura de Murphy, que tanto vemos em suas produções.
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E por falar em produção, essa impressiona. Com riqueza de detalhes, vemos a Los Angeles dos anos 40, com carros antigos cruzando as ruas, a fachada da ACE studios, que é o vislumbre da Paramount hoje, a vestimenta da época… Esses pontos tornam a história ainda mais real ao espectador, por mais que saibamos se tratar de uma obra de ficção.
No entanto, é o elenco impecável que dita o tom da minissérie, Jeremy Pope, Darren Criss, Holland Taylor, Joe Mantello, Laura Harrier, entre outros, funcionam como um só organismo, todos se destacam, e permanecem em tela de modo suficiente, demonstrando assim, a importância de cada um para que se propõe, funcione. Jim Parsons, por sua vez, rouba a cena com um empresário sórdido, que se utiliza do conhecido “teste do sofá” para manipular jovens esperançosos.
O personagem de Parsons, é a personificação, de como Hollywood pode ser infeliz para quem a procura e de como transforma as pessoas, sem a menor intenção de romantização.
A Narrativa de Hollywood é questionável, quando ao criticar benefícios adquiridos através de relações, comprova o que já se era esperado: as oportunidades realmente surgem, quando se há algum tipo de relação interpessoal. Não há para onde fugir.
Ainda hoje vemos, em Hollywood, a luta pela representatividade… e é isso que Murphy nos proporciona em sua nova minissérie original Netflix, Representatividade. Com uma mensagem muito forte, sobre usar sua voz, para dar voz aos que precisam ser ouvidos!
Hollywood é uma carta de amor as minorias que lutaram e ainda lutam para se provar na indústria. Assistam!
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