Gold Saint: Ares Chapter – Uma entrevista com Dannilo Sant’anna
Salve, salve galerinha otaku desse meu Brasil-il-il! Quem aqui nunca foi fascinado por Cavaleiros do Zodíaco? Quem nunca fez um desenho, inventando alguma armadura ou até mesmo redesenhando os personagens em outras constelações? Garanto que muita gente na minha faixa de idade fez isso e continua fazendo! Fanzine, fanarts, doujinshi (que é a mistura dos dois) são rotina na vida de fãs apaixonados por Saint Seiya. Mas, um doujinshi saiu dessa linha e está começando a ganhar o mundo. Conseguimos uma exclusiva com Dannilo Sant’anna, um baiano de 28 anos e ilustrador freelancer, criador do doujinshi de Saint Seiya que mais está repercutindo no mundo inteiro (sim, mundo): Gold Saint: Ares Chapter! Venha conosco conferir a primeira parte dessa entrevista!
Como você se sente com o tamanho da repercussão que o seu trabalho atingiu?
Bem, essa foi somente a primeira parte da entrevista e, o mais rápido o possível, colocaremos a segunda parte, com uma surpresa, no ar!
See ya Space Cowboy!!! 😉
Eu sempre fui muito discreto e não gostava muito de fama ou coisas assim, mas como eu sempre gostei de desenhar, acho que já era hora de lidar com tanta repercussão. É um sacrifício necessário para se ter um bom retorno e críticas que me ajudem profissionalmente.Em algum momento você imaginou toda essa repercussão?
Eu pensei que haveria um pequeno movimento de pessoas acompanhando o trabalho, mas foi além de tudo que eu imaginava, ver o trabalho em outros países me surpreendeu demais.As pessoas estão curtindo os novos cavaleiros ou, mesmo sendo um doujinshi, você está encontrando resistência dos fãs mais aficionados?
Algumas pessoas resistem por não gostarem de ver “amazonas de ouro” e alguns cavaleiros com penteados diferentes [risos], mas maioria das pessoas parecem empolgadas com as novidades, então me sinto empolgado.Quanto tempo você levou pra desenvolver o enredo?
Acho que foram 3 anos, ou 2 e meio, não lembro bem. Eu comecei divulgando levemente os trabalho em alguns grupos de facebook e ali mesmo eu coletava críticas e sugestões para ir polindo mais o projeto!Se você fosse convidado pra ir ao japão desenvolver esse trabalho, você iria?
Sinceramente, não acho que eu conseguiria me adaptar ao país, mas como nem em sonho eu imaginei que isso fosse acontecer, não consigo nem mensurar como seria e se eu iria, acho isso uma realidade muito acima do que eu sou.Ou você toparia vender essa história pra eles, pra ser parte da saga oficial?
Como eu não detenho os direitos, se viesse uma boa proposta seria lucro, apesar de que eles podem simplesmente pegar pra eles e eu nada poderia dizer.Quanto tempo você leva pra produzir uma página?
Um dia para 2 ou 3 páginas, entretanto eu sou muito ocupado com meu trabalho alheio ao fanzine, que é minha prioridade, pois vivo dele! Porém eu estou tentando vincular ao projeto a aceitação de doações dos leitores, tentando atingir uma meta que seja suficiente para focar somente no fanzine.Seu traço está sendo largamente comparado a Lost Canvas, o que você acha disso? Foi parte da sua inspiração?
Eu acho legal, porque se você gosta tanto de algum artista e você de alguma forma é associado a ele, pela qualidade do seu trabalho, no meu caso, me deixa muito satisfeito. A Shiori Teshirogi é minha grande inspiração quando se trata de Cavaleiros do Zodíaco, mas eu tenho outras influencias, como Tetsuya Nomura de Final Fantasy e Nobuhiro Watsuki de Samurai X.Você escolheu nacionalidades interessantes para todos os cavaleiros, mas não se sentiu tentado a ter um “brazuca” entre eles?
Não, não senti necessidade de por um brasileiro entre os cavaleiros de ouro, mas acabei cedendo aos pedidos recentes e coloquei um cavaleiro de prata brasileiro que é importante para o enredo.