Vale a pena assistir ‘O Gambito da Rainha’ na Netflix?

Chegou hoje, 23 de outubro, na Netflix a minissérie ‘O Gambito da Rainha‘ que adapta o romance de Walter Tevis e borda de maneira simples e real o verdadeiro custo da genialidade.

Contextualizando, ao longo dos 7 episódios acompanhamos a história de Beth Harmon desde a morte de sua mãe, sua chegada no orfanato, até o apíce como a mundialmente famosa prodígio campeã de Xadrez.

Através de uma narrativa cadenciada e extremamente envolvente mergulhamos na vida de Beth Harmon na década de 50 e em sua vida no orfanato; viciada em pílulas (distribuída às crianças todos os dias para mantê-las calmas e submissas) que acreditava estimular seu aprendizado, se descobre apaixonada por Xadrez, com a ajuda do Sr. Shaibel, zelador da instituição, que lhe ensina como jogar.

Com 9 anos, a menina é apresentada ao treinador do time de xadrez da escola secundária local… Mas seu vício, agora descoberto, acaba a afastando dos tabuleiros por um tempo.

Adotada, Beth vê a oportunidade de voltar aos jogos, e através de uma conexão, inicialmente frágil com sua nova mãe, vemos laços genuínos se formando, e a base que Beth sempre desejou. Ela ganha o mundo e esta no topo. É conhecida no mundo e só um adversário a assusta. No entanto, a cada deslize, ou falha, os demônios internos de Beth veem à tona e ela mergulha nos vícios acreditando ajudar, quase como um processo de auto sabotagem.

‘O Gambito da rainha’ nos mostra a luta de Beth pela perfeição e para se estar em primeiro lugar. E qual o significado da vitória para nossa protagonista? O desenvolvimento que permeia a luta entre seu passado e o que deseja ser no presente é tão significativa, mas ao mesmo tempo compreensível.

Os efeitos, figurino, atuações estão impecáveis, e juntos formam um conjunto que conversa com o espectador e o mantem imerso dentro da narrativa, de forma que nem mesmo, os longos episódios se tornam cansativos. Precisamos enaltecer sim a atuação de Anya Taylor -Joy que consegue com maestria transitar entre as camadas de Beth, de sua genialidade ao fundo do poço.

Os Flashbacks auxiliam no entendimento da construção psicológica da protagonista, desenhando para o público os reais motivos da sua luta pela perfeição e de seu medo de estar só.

O drama está presente na história, mas tudo nos é apresentado com tanta sensibilidade e de uma maneira tão leve que muitas das vezes nos pegamos sorrindo, com tamanha inocência da protagonista em sua trajetória. E por mais que estejamos vendo uma obra que faz crítica ao sexismo, dentro de um jogo quase que predominantemente masculino na época, nos deparamos com inúmeros homens que a apoiam e que a ajudam a crescer como mulher e como profissional.

Por mais que tenhamos um show onde jogos são o pano de fundo, ‘O Gambito da Rainha’, vem para traçar uma linha tênue entre a loucura e a genialidade e o quanto na vida, precisamos de pessoas ao nosso redor, por mais que as afastemos, elas estarão lá, onde quer que estejamos, por nós. Uma história sobre perda, solidão, amizade e superação. Só assista, vai valer muito a pena!

A minissérie já está disponível na Netflix.

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