Festival do Rio celebra grandes nomes do cenário musical

Os fãs do cinema e da música já podem comemorar, o que não vai faltar é filme com a temática musical para assistir. O Festival do Rio 2023, que acontece entre os dias 5 e 15 de outubro, montou uma seleção especial para agradar diversos públicos. Artistas consagrados, nacionais e internacionais, terão suas histórias contadas através da grande tela.

O Festival começou já no ritmo dos musicais, com a exibição do longa de animação “Atiraram no Pianista”, dos espanhóis Fernando Trueba e Javier Mariscal,  na Gala de Abertura.  No segundo dia foi a vez de Sidney Magal ser prestigiado com a exibição de sua cinebiografia “O Meu Sangue Ferve por Você”, de Paulo Machline.Gal Costa também faz parte da lista de homenageados. Com a sua cinebiografia “Meu Nome é Gal”, de Dandara Ferreira e Lô Politi, a cantora ganha vida com a interpretação de Sophie Charlotte.

Os documentários com temática musical são destaque no evento. O Clube da Esquina é o tema do longa “Nada Será Como Antes”, de Ana Rieper, presente na Première Brasil: Competição Novos Rumos Longa Metragem. A diretora narra a história sobre a criação do lendário álbum que juntou Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta, em um mesmo disco e que completou 50 anos em 2022.

Na Mostra Retratos da Première Brasil, o longa “Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria, narra o processo criativo do cantor e apresenta imagens e arquivos inéditos, com direito a depoimentos de grandes nomes da MPB, como: Gilberto Gil, Maria Bethânia e Chico Buarque.

Outro nome da MPB celebrado na programação do Festival do Rio é Jards Macalé, foco do documentário Macaléia, de Rejane Zilles (Première Brasil: Mostra Retratos Curtas). A esposa do músico dirige o curta-metragem que remonta a uma antológica festa promovida pelo artista em 1978, que reuniu a nata da classe artística, incluindo Hélio Oiticica, que desenvolveu a instalação Penetrável Macaléia (1978) em homenagem ao amigo.

Um documentário que faz parte da Competição Longa-Metragem Documentário, da Première Brasil, é o filme “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, que mostra o impacto que a música preta teve ao mobilizar a luta por justiça racial nos bailes funk, soul e disco do Rio de Janeiro, nas décadas de 70 e 80.

Os curtas também estão sendo representados nessa lista, é o caso de “Arruma um Pessoal pra Gente Botar uma Macumba num Disco”, de Chico Serra, onde a música serve de tapete vermelho para abordar a história de Getúlio Marinho (1889-1964), responsável por registrar cantos da tradição religiosa afro-brasileira em fonograma. O filme faz parte da Première Brasil: Mostra Retratos Curtas.

Selecionado para a Première Brasil: Exibições Especiais, o documentário Fala Tu, de Guilherme Coelho, retorna ao Festival do Rio após 20 anos. Premiado com o Troféu Redentor de melhor diretor e com o prêmio de melhor documentário pelo público, o filme acompanha a rotina de três rappers periféricos da Zona Norte do Rio de Janeiro que expressam seus sonhos e reflexões em suas rimas. O longa-metragem será exibido em uma cópia restaurada em 35 mm.