Emily em Paris continua incrível, mesmo com os clichês

Como um furacão, Emily em Paris chegou à Netflix em 2020 e literalmente explodiu a cabeça dos fãs. Rapidamente, o seriado divertido de Lily Collins se tornou uma das produções mais vistas do estúdio e também uma das mais queridas no coração dos fãs. O estilo não agradou a todos, afinal, a produção lembra uma versão mais adolescente de Sex and the City, mas os números foram bons o suficiente para que uma nova temporada fosse encomendada. 

A segunda temporada chegou ao streaming e tal qual sua primeira temporada, consegue agradar, divertir e ainda se passa rapidamente diante dos olhos. É provável que você vá assistir a todos os episódios de uma única vez, pois o formato de se manter “impossível de parar” ainda é uma das maiores qualidades de Emily em Paris. 

Os novos episódios nos permitem conhecer um pouco mais da personagem e o espírito de sempre curtir a vida da protagonista começa a beirar o irreal. Emily se mostra sempre em cima do muro em suas decisões e a personagem complexa que tínhamos nos primeiros episódios dá lugar a uma mulher supercial, fria e nada empoderada. Emily espera ver o mundo se adaptando a ela mesma e quando isso não acontece, ela simplesmente posta uma foto. A crítica é bem feita, mas tanta importância em criar uma mulher “moderna” estraga uma personagem densa. 

Elenco

Enquanto Emily deixa muito a desejar, os outros membros do elenco aproveitam para ganhar ainda mais destaque. Gabriel (Lucas Bravo), por exemplo, deixa de ser um mero par romântico e fica viajando entre os planos malucos de Emily. Ashley Park (Mindy Chen) rouba todas as cenas em que aparece, não apenas pelo papel como a melhor amiga da Emily, como também como a melhor conselheira da série inteira. Philippine Leroy-Beaulieu mais uma vez dá um show como Sylvie e é provável que seja uma das melhores personagens ao final da temporada. 

 

Emily em Paris investe mais nos diálogos em francês ao longo dos episódios e traz um quê de realidade entre os próprios franceses, afinal, estamos em Paris e lá não se fala inglês. Quanto a Emily? Ela se mudou e precisa aprender, não ao contrário. 

A série finalmente consegue ser cômica de verdade e ao invés de rirmos de Emily, rimos com ela. Caso seja confirmada para uma terceira temporada, poderá entregar então o melhor dos dois mundos, repetindo os acertos da temporada atual e corrigindo os mesmos da anterior. 

Emily em Paris está disponível na Netflix. 

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