As maiores diferenças entre o livro e o filme UMA GAROTA DE MUITA SORTE
A adaptação de A Luckiest Girl Alive (Uma garota de muita sorte), adaptação do livro de Jessica Knoll, publicado no Brasil pela Editora Rocco, já está disponível na Netflix, e confesso que me surpreendi grandiosamente, ão somente pelo protagonismo ímpar de Mila Kunis, como também pela forma que o roteiro ousou contar a história e mostrar que por trás das camadas de Ani, existia os traumas não curados de Tiffani.
Confira abaixo, as principais diferenças entre livro e filme:
PANO DE FUNDO
No livro, ficamos sabendo que Ani foi para uma escola particular, ela acaba tendo problemas lá e é transferida para Bradley. Ela faz amizade com Arthur e “The Shark” lá, antes de entrar ara o grupo dos populares. Seu relacionamento com sua mãe e seu pai que são incrivelmente conturbados, foi deliberadamente deixado de lado no filme. E sim gente, no livro você passa tendo muita raiva de Ani a maior parte do tempo.
DOCUMENTÁRIO
No livro, Ani Já está decidida em fazer o documentário, mesmo seu marido não concordando muito, afinal o que ele deseja é que ela supere logo os traumas do seu passado. No filme, parece que Ani foi coagida pelos documentaristas a participar do projeto.
DEAN
No livro, a participação de Dean, um dos abusadores de Ani no documentário, é uma surpresa, quando Ani finalmente parece ter resolvido tudo e limpado seu nome.
SR. LARSON
Essa talvez seja uma das maiores mudanças. No livro, vemos Ani se reconectar com seu ex-professor durante um jantar com Luke. Vemos uma espécie de tensão acumulada que os leva a passar mais tempo juntos enquanto ambos se preparam para compartilhar suas histórias no próximo documentário. Ele acabam se relacionando intimamente, baseado na paixão de longa data de Ani por seu professor, que era apenas alguns anos mais velho que ela. No filme, ela e Luke jantam com o Sr. Larson e sua esposa, mas esse relacionamento, que está no centro de Ani revisitando seu passado, está realmente ausente no filme.
O FINAL
No livro, vemos Ani quase chegar ao altar com Luke, mas quando ela está prestes a seguir em frente, ela descobre que ele se livrou de uma de suas lembranças de Bradley. Foi depois de admitir que ele quebrou durante uma noite cheia de drogas com os amigos, que Ani percebeu o quão pouco ele se importava com o passado dela e o quanto ele queria que ela superasse isso e seguisse em frente. Percebendo que ele não a aceitava totalmente, Ani tomou a difícil decisão de terminar com ele e desistir dessa “vida perfeita” que ela criou para si mesma, e seguir em frente sozinha, com trauma e tudo.
Já no filme, Ani sai do documentário, leva sua gravação de Dean com ela e escreve um relato sobre sua agressão para a revista The New York Times , expondo Dean e os garotos que abusaram dela. Luke é totalmente contra isso, e é nesse momento que ela escolhe sua história, sua carreira e sua vida acima do que poderia ter tido com Luke.
Sendo bem sincera aqui com vocês, por mais que nos dois finais a Ani saia por cima, eu gosto mais do final dado para o filme. O final do filme subverte o conceito social de que nós mulheres precisamos nos silenciar quando abusadas, nos colocando em caixas de culpadas muitas das vezes, nos fazendo sentir vergonha. Me emocionei, me emocionei com os depoimentos das mulheres que relataram seus abusos, muitas delas que se mantiveram a vida toda calada. Sou grata por essa liberdade criativa, e pela Jessica Knoll ter dado esta nova leitura para sua história.
Luckiest Girl Alive centra-se em Ani FaNelli, uma nova-iorquina de língua afiada que parece ter tudo: uma posição cobiçada na uma revista brilhante, um guarda-roupa matador e um casamento dos sonhos em Nantucket no horizonte. Mas quando o diretor de um documentário policial a convida para contar seu lado do chocante incidente que ocorreu quando ela era adolescente na prestigiada Brentley School, Ani é forçada a enfrentar uma verdade sombria que ameaça desvendar sua vida meticulosamente trabalhada.
O filme já está disponível naNetflix