Daniel Craig melhorou ou piorou a franquia de James Bond?
A franquia de James Bond é uma das mais antigas do cinema. O agente secreto já foi interpretado por inúmeros atores ao longo dos anos, que trouxeram um pouco de originalidade para cada versão. O último a interpretar o espião foi Daniel Craig, que é considerado por muitos como o responsável por modernizar a franquia clássica. Há quem diga ainda ser ele o motivo da popularidade que os filmes de Bond ainda perdurar mesmo após todos os anos. Os dados não mentem, afinal, Craig é o ator mais duradouro como o 007, indo para o seu quinto filme como o agente secreto. No Time to Die deve chegar aos cinemas em novembro deste ano.
Assim que seu nome foi anunciado, Craig sofreu críticas e uma pressão gigantesca por parte do público. Muitos acreditavam que o ator não tinha o perfil para dar certo como James Bond, mas Casino Royale serviu de lição para todos, em 2006.
A franquia
O primeiro a viver Bond foi Sean Connery, no filme de 1962, Dr No. A era clássica foi encerrada com Pierce Brosnan, tido por muitos como o melhor intérprete do espião. Brosnan aposentou o paletó em 2002, com o lançamento de Um Novo Dia para Morrer. O lançamento de Casino Royale serviu como um reset na história, apresentando uma versão mais nova do personagem, agora vivido por Daniel Craig. Dois anos depois, o ator retornou em Quantum of Solace, atando pontas soltas deixadas pelo filme anterior. Foi o suficiente para elevar a audiência de uma história contada de mesma forma há anos.
Em 2012, o diretor vencedor do Oscar, Sam Mendes, trouxe Skyfall para o público. Com um toque ainda mais moderno, o filme conseguiu levar James Bond de volta a suas origens e reintroduziu personagens clássicos, como Q (Ben Whishaw) e Eve Moneypenny (Naomie Harris). A produção foi um verdadeiro marco na história, pois encerrou o ciclo de uma das maiores personagens de 007. M, de Judi Dench, foi a fiel companheira de James Bond desde os primórdios e sua morte chocou os fãs da saga. M foi substituída por um novo ministro, interpretado por Ralph Fiennes. O filme foi o primeiro da série de James Bond a atingir 1 bilhão em bilheteria.
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Mas afinal, melhorou?
Os nostálgicos podem não concordar com o Bond de Daniel Craig, mas precisamos admitir: o ator foi o responsável pela franquia continuar existindo no século XXI. Os filmes de Craig trouxeram uma verdadeira revolução para um assunto que já estava batido e a franquia conseguiu se reestabelecer diante de um cenário competitivo nos cinemas.
Algumas mudanças aconteceram com o personagem ao longo dos anos. Desde pequenos detalhes, como o personagem não fumar mais, o que era uma marca registrada, até melhoras nos efeitos visuais e nas cenas de lutas, o novo James Bond se tornou um herói mortal e não mais apenas um espião. É claro que toques nostálgicos foram mantidos, como seu tradicional drink, o Vesper Martini, batido, não mexido.
Quando Casino Royale e Quantum of Solace chegaram aos cinemas em 2000, os filmes de Bond tinham concorrência direta com a franquia de Matt Damon, Jason Bourne. A competição estimulou o novo desenvolvimento do personagem, que se tornou mais forte, mais perverso e um lutador cada vez melhor, comparado a figura caricata de Roger Moore e Pierce Brosnan. Além disso, as mulheres da era Craig são as mais inteligentes e complexas personagens da história da franquia. O que falar das Bond Girls de Eva Green e Lea Seydoux?
Palmas para Craig!
Por fim, o novo James Bond teve sua humanidade e seus defeitos explorados nos filmes de Daniel Craig. O ator trouxe uma versão que se apaixona verdadeiramente, que tem seu coração partido e que é traído. Ele não é a versão perfeita trabalhada nos cinemas ao longo dos anos, pelo contrário. O atual Bond é a versão mais humana e orgânica que tivemos até agora.
Ainda há muito o que ver pela frente e sabemos que o próximo filme será a despedida de Craig do personagem. Nos resta esperar para ver o que No Time to Die trará para a franquia do agente secreto.
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