Atypical encerra sua história com uma obra prima na Netflix
Mesmo com personagem raros e até fora do comum das séries adolescentes, Atypical tem em sua nova temporada uma jornada de amadurecimento e a desconstrução do clichê.
A quarta temporada da série não traz muitas novidades, apenas continua de forma orgânica a história que já estava sendo desde o começo. Se eu pudesse explicar em uma palavra todos os episódios eu diria que essa temporada tem totalmente ligação com a interpretação de quem somos, quem fomos e quem vamos nos tornar no futuro.
Nós já conhecemos essa família por três temporadas, vimos os desafios e todas as dificuldades, agora quando tudo se estabiliza, será mesmo que estávamos preparados para o que buscamos? Claro que sou um pouco apegada demais aos personagens e garanto que sentirei falta de cada um deles. Mas olhando num ponto de vista como uma série, Atypical se destaca por ser muito mais humana que tantas outras originais do catálogo. Ela é pé no chão e não apela para o exagerado ou até mesmo o clichê, ela nos faz sentir em casa e nos identificar com pelo menos dois personagens ali.
Família
Acho que o ponto forte da série sempre vai ser a família de Sam e nesta temporada muitos dos problemas serão colocados à prova, porém sempre sendo apresentados de formas sutis. Por mais que já tenhamos muito do drama entre um personagem e outro, dessa vez, por mais juntos que estejam existe um medo em tentar não retroceder a quem eles já foram. A comunicação existe, mas ainda se vê cautela em muitos núcleos e é nessa jornada que cada um deles vai embarcar.
Casey e Izzy
Eu não achei que teríamos muito sobre a personagem, mas estava completamente enganada. Acho que se a terceira temporada foi importante para ela, essa definitivamente fecha um grande ciclo na sua história. Finaliza de uma forma coerente e nos faz ver da maneira mais natural o que é ser uma adolescente. Confesso que Izzy ainda é uma personagem mais complexa e confusa nessa temporada, mas é notável que existe uma importância dela nessa trama, muito mais do que na outra e muito mais do que só ser a namorada de Casey.
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Doug e Elsa
Acho que Doug ganha muito mais profundidade nesta temporada e sua jornada é muito bonita por mais que seja deixada às vezes como plano de fundo. Mas grandes questões sobre o passado se tornam completamente importantes para que o personagem tenha uma clareza sobre a vida. Elsa já tinha sido mais trabalhada antes, então nessa temporada vemos ela mais como plano de fundo.
Paige e Zahid
Eu posso dizer que vou sentir falta deles demais? Por mais que pareça que eles fazem um trio comum de histórias de livros, eu simplesmente adorei o quanto eles não perderam a essência e a dinâmica com o Sam. As vezes eu tinha pena da Paige e no final estava completamente apaixonada por ela. Acho que é divertido vê-la no final e é emocionante. Zahid é o melhor amigo que todo mundo deveria ter, sério. Eu já sinto falta deles, de verdade.
Sam
Sinto que nunca vou saber explicar de fato o quanto Sam é um personagem cativante, mesmo que muitas pessoas não entendam da importância que sua história tem em normalizar as famílias que possuem alguém no espectro. Sua jornada é linda e nessa quarta temporada existe uma grande evolução em que Sam está muito mais decidido, maduro e disposto a ajudar os que estavam sempre ali para ajudá-lo. Comparada a primeira temporada, Sam se tornou um personagem independente do que jamais pensariam. O final da série claramente se destaca com base no nome: é raro, diferente e incomum.
As três temporadas de Atypical já estão disponível na Netflix e a 4ª chega no dia 9 de julho!