Será que teremos mais Arya em Doctor Who?
Olá Whovians! 🙂 Tudo bem? Hoje, quem vai escrever sobre o episódio de Doctor Who desta semana sou eu! A Nat teve um pequeno problema com sua cadelinha e não pôde escrever! 🙁 Mas, não poderíamos deixar batido esse momento mágico em que paramos para assistir mais uma história, mais uma etapa da longa e divertida vida de Doctor Who! Quero aproveitar esse momento com vocês, fãs do Doctor e sua caixa azul, para reclamar do óculos (não consegui superar isso ainda) – a Nat já até fez um post sobre essa polêmica, você poder ver aqui – e para dizer que, sempre que o Moffat coloca uma história incrível de Doctor Who dividida em dois episódios, um unicórnio morre lá no mundo das maravilhas – meu coração explode de ansiedade por uma semana pela continuação… Mas, enfim, vamos ao episódio!
Como era previsto, continuamos a ver a história de Ashildr, a menina Viking que foi “salva” pelo Doctor. Uma vez, o Doctor disse “Somos pessoas diferentes ao longo de nossas vidas, mas tudo bem mudar o tempo todo, desde que nunca esqueçamos quem somos originalmente” – acho que essa reflexão vale bastante para o que vimos na história da menina Viking que teve que aprender a conviver com sua imortalidade. Como sempre, o Doctor não é um bom orientador, não nutre dos mesmos sentimentos que nós, humanos, mas, de sua forma esquisita e super esperta, consegue dar lições valiosas sobre a vida e nossos problemas imediatistas.
Uma vida infinita para um cérebro despreparado. Essa é a verdadeira história de Ashildr. Convivendo com perdas, doenças, guerras, incapacidades e dificuldades mundanas, dentro de um corpo imortal, a jovem menina teve seu coração endurecido. Quando, depois de muitos anos, reencontrou o Doctor, não soube lidar com as emoções de estar frente a frente com o homem que lhe prendeu nesta vida. Nesta linha do tempo sem fim. Sem grandes possibilidades. Pelo menos não até receber um dos maiores presentes de sua vida: ser ensinada a sobreviver ao tempo, sozinha, pelo próprio Doctor, o viajante solitário.
Uma pausa para falar dos figurinos e cenários históricos dessa temporada. A produção de Doctor Who sempre foi muito massificada pela crítica por conta do baixo orçamento da BBC – conhecido por nós em diversas séries da emissora. Mas, nesta temporada, parece que o jogo finalmente virou. Tudo está muito bonito e impecável, a produção de cenas amplas nos dá um gosto maior para assistir – não sei se vocês reparavam, mas a maioria das cenas de época de Doctor Who sempre rolavam em lugares fechados – mais barato! A nona temporada estourou no mundo inteiro, Peter Capaldi já agradou e conquistou fãs em todo o globo e, sinceramente, investir pesado na série mais antiga e mais famosa do mundo, de ficção científica, na era mais nerd da humanidade, é a coisa mais inteligente a se fazer!
Doctor encontra Ashildr em meio a um assalto e, em poucos minutos, ela conta ao seu “criador” tudo o que viveu nos últimos 170 anos. A jovem mostra, da forma que pode, que está dura, diferente e que nem se lembra mais daquela época Viking que parecia tanto amar. O Doctor se vê, enxerga suas insatisfações, tristezas e seus próprios questionamentos – alguma semelhança com uma história super conhecida por nós? “The Doctor & Lady Me” são quase uma família Frankenstein, não acham?O criador se sente bem ao concluir sua criatura. A criatura cresce solitária, se sentindo um monstro. O criador se assusta e se questiona pela criação. Conflitos, tristezas e incertezas.
Inconformada por ter sido “abandonada” em sua vida eterna, Ashildr encontra conforto nas promessas de outro alienígena – claramente destinado a ferrar com o Planeta Terra. Só os fãs de Doctor Who conseguem perceber essas coisas porque, a quantidade de gente que cai nesses planos maquiavélicos de alienígenas… Mas enfim, o plano é muito simples, um portal precisa ser aberto para que Ashildr e seu novo companheiro leão – que, diga-se de passagem, tem uma make maravilhosa – possam sair e voar por toda a galáxia – pelo menos é isso que nossa jovem espertinha e ingênua, ao mesmo tempo, super acredita que vai rolar.
Em um mix de emoções, temos cenas seguidas de: enforcamento, beijo na boca (sim, vimos Arya beijar na boca! aeeeee), assassinato para abrir o portal, portal aberto, invasão alienígena na Terra e descoberta de que fez besteira. Tudo orquestrado por Ashildr e admirado de longe pelo Doctor. Adoro quando as coisas acontecem assim e acabam naqueles diálogos maravilhosos que apenas nosso Doctor consegue fazer: rápido, inteligente, associativo, complexo e simples ao mesmo tempo, determinado, emocionado e super engajado em resolver logo tudo. Ashildr se arrepende das besteiras que fez, de ter deixado seus sentimentos de lado e, claro, de ter endurecido seu coração e esquecido quem era de verdade. Estar na eternidade, sozinha, poderia se transformar em algo melhor, como, por exemplo, ajudar aqueles que são deixados para trás pelo Doctor. O rastro é grande Ashildr e estou ansiosa para ver se você vai aparecer mais vezes para trazer cenas emocionantes. Será que Sam é seu eterno companheiro? Fiquei curiosa! Um grito saiu da minha garganta com a selfie final, achei meio macabra, mas curti! 🙂
E quem está curtindo as cenas roqueiras de nosso Doctor? Os olhares que ele está dando para Clara e os diálogos e reflexões sobre “ninguém é para sempre”, “precisamos colocar um ponto final nessa história de machucar as pessoas”, “humanos são os melhores companions porque nos lembram que a vida é valiosa”, me fazem enxergar uma cama para a saída de Clara já sendo preparada. Eu não sou a maior fã da Clara, não gosto dela com o Peter Capaldi, não é implicância, acho que ela super combinava com o Matt. A mudança foi muito traumática, para todos eu acho, por isso vejo uma complicação grande nessa parceria. A vida da Clara foi destruída num nível muito profundo e isso me faz refletir o tempo todo se o Doctor e ela continuam uma relação sincera. Parece que não. Eu vejo duas pessoas em fuga, não vejo mais energia quente entre eles, energia que precisa acontecer entre um Doctor e sua companion. Por mim, a saída dela está sendo construída com maestria. E você, o que acha dessa história toda? 🙂 Comenta aqui embaixo!