Me apaixonei pela Arte de Pedir de Amanda Palmer!
Quem é Amanda Palmer? Quem não a conhece e decidir colocar no Google, muito possivelmente, vai achar que ela é a esposa do Neil Gaiman, o que já é uma ótima coisa (Neil Gaiman é fofinho!!!!). Mas, não pensem que é só isso… Amanda é cantora, compositora, artista, amiga, doida (só a título de curiosidade: ela já teve uma banda, The Dresden Dolls e tem uma carreira solo atualmente)… Ela é um misto de coisas e, se você se dispuser a conhecê-la um pouquinho mais, vai perceber o quão fantástica ela é… Como eu a conheci?! Graças à indicação de uma querida amiga que falou do livro A Arte de Pedir! Espero que depois de ler este post, vocês procurem o livro! Preciso confessar: foi um dos melhores livros que já li!
Eu sempre disse que eu não gostava de biografias, e este livro é biográfico. Escutei muitas piadinhas quando comecei a ler, algumas pessoas disseram que eu ia passar a ser pidona! Pelo título, muita gente pensou (agora não sei se sério ou brincando) que eu passaria a ser bem sucedida em todos os meus pedidos! Acho que o título dá uma cara de livro de auto-ajuda ou faça você mesmo, sei lá. Embora Amanda Palmer fale muito sobre o que é pedir, ela centrou seus escritos em como é importante saber ajudar e ser ajudada no processo das nossas vidas. Para isso, ela nos mostrou a sua própria vida, e sério, é encantador.
Nunca me senti tão à vontade lendo sobre uma pessoa. Comecei a me ver e me reconhecer pelas suas palavras – por mais que, efetivamente, eu não tenha muito a ver com ela. Amanda tem um jeito completamente diferente de lidar com as coisas. Intimamente, ela mostra como um ser, por mais seguro que ele pareça para o mundo, lida com medos e defeitos ou, o esquadrão da fraude, como ela chama. É maravilhosa a sensação que ela nos passa, ao ler o livro. Parece que ela é nossa amiga e que está sentada aqui, do nosso lado, contando tudo o que aconteceu em sua vida, por um bom tempo.
Você se afeiçoa à ela, aos amigos, ao mentor, se apaixona por Neil Gaiman (ela empresta um pouco da visão dela sobre o marido e, te digo, dá vontade de pegar o moço e guardar no potinho). Definitivamente, não quero dar muito mais detalhes das pessoas de quem ela fala no livro, porque não quero estragar sua experiência, claro. Vocês precisam ler esse livro! Só posso dizer que essa é uma jornada e tanto que uma moça que passou, de estátua viva a rockstar. Compositora, cantora, artista e agora escritora. Vocês vão achá-la louca, e digo, ainda bem que ela é!!! No final, vocês vão se sentir agradecidos pelo tempo que passaram com ela, eu me senti!
Dentre muitas histórias, ela fala sobre sua briga interna, sobre sua visão de trabalho. Ela passa pela história sobre como decidiu ser uma estátua viva e como se manteve com este trabalho, até a decisão de começar a cantar, sobre a banda, a carreira solo, crowdfunding, a relação com os fãs (que é um máximo), idas e vindas, viagens, acontecimentos, o casamento… Ou seja, é um livro-colcha de retalhos de memórias, muito fantástico, que você quer devorar, de tanto prazer durante a leitura. Parece até mágica a relação que ela consegue ter com as pessoas.
Quem acompanha meus posts sobre livros, vai perceber que nunca montei um tópico como esse: o que o livro agregou em mim. Já dá para perceber que a minha relação com este livro, especificamente, foi muito mais profunda do que com os outros. Não que eu não tenha gostado dos livros que li até hoje, todos me afetaram de alguma forma, vocês podem ter certeza! A maioria mexeu, mexe e influencia na maneira que eu vejo, penso e escrevo. Sim, na maneira como eu escrevo. Agora, peço licença à vocês, para mostrar um outro lado meu, um lado que muitos aqui não conhecem. Na verdade, com o meus amigos do Coxinha Nerd (ou seja, todos vocês que me leem)nunca falei sobre isso.
Eu tenho blog! E não, não é o Coxinha Nerd que, com muita satisfação eu colaboro, mas não fui eu que criei. Eu tenho o MEU BLOG! De minha autoria! Um lugar que serve para eu me traduzir, expressar, exteriorizar tudo que borbulha em minha cabeça (ideias super efervescentes). As ideias se expandem tanto dentro de mim, que precisam sair de alguma forma, e saem, através de minicontos e poesias que escrevo (ou finjo que escrevo), mas que, de alguma maneira, fazem sentido para mim.
Não sei se sou artista. E muito menos sei definir a vocês, se me sinto artista. Sinto uma imensa necessidade de escrever, mostrar o que se passa em mim. A Amanda (me sinto como se fosse amiga dela) diz no livro *spoiler mínimo* que a pessoa vira artista no momento em que ela se nomeia artista (se bom ou ruim, depende de como ele sensibiliza as outras pessoas). Ela diz também, não exatamente com essas palavras, mas com este sentido, que, se você produz alguma coisa, quadros, músicas, escritos ou qualquer outra coisa para se exteriorizar, é porque você tem necessidade de ser visto e precisa mostrar que você é real. E é assim que você se apresenta.
Percebi que tenho necessidade de ser vista, e por isso escrevo! E a Amanda me fez perceber isso. Se eu escrevo bem ou escrevo mal, acho que não sou capaz de julgar, vocês, se quiserem, podem dar uma olhada aqui no meu blog >> NCSM << 🙂 Me vejam no meu próprio mundo, pois eu sou assim… Acabei fazendo um pouquinho de reflexão sobre o porquê escrevo e, a Amanda me fez sentir à vontade o suficiente para isso. Escrever é muito mais que dispor letras enfileiradas e montar um texto, escrever é ser! É libertador!
Espero que vocês sem animem com este post e leiam A arte de pedir. Sempre que forem falar do livro na internet, usem a hashtag #ArtOfAsking – porque ele é muito mais do que um livro, é um presente que nos damos, é uma mulher falando dela mesma, nos passando a magia do que é ser alguém dentro deste mundo doido e, mais importante, que não estamos sozinhos e que podemos nos mudar e mudar alguém… Basta querer… E saber… Pedir!!!! 😀
Como falei que a Amanda também é cantora, segue um clipe aí para vocês!!! 😉