Alise Oseman fala sobre a origem de Heartstopper

Falta muito pouco para que a adaptação de Heartstopper chegue na Netflix. Com 8 episódios de 30 minutos, a série contará a história de Nick e Charlie, dois adolescentes britânicos em uma escola primária só para meninos. Charlie, um pensador muito sensível e abertamente gay, e Nick, um jogador de rúgbi alegre e de coração mole, um dia são feitos para se sentarem juntos.

Em entrevista, a autora e ilustradora dos quadrinhos que originaram a série, Alice Oseman, conta como surgiu a ideia de contar a trajetória desse casal que amamos tanto.

O que você talvez não saiba querido leitor, é que Charlie e Nick foram mencionados pela primeira vez em ‘Solitário”, que é nada mais que o primeiro livro de Oseman. ” Nesse romance, eles estão em um relacionamento seguro e amoroso, e por não serem os personagens principais, isso não é explorado com muita profundidade no livro. Isso despertou minha curiosidade. Eu me perguntei muito sobre a história de Nick e Charlie – como eles ficaram juntos? E para onde iria o relacionamento deles a partir daí? Eventualmente, eu apenas tive que escrever uma história inteira sobre isso!”

Alice contou que muito de Charlie e Nick, vieram de suas próprias experiências: “A maior parte da minha pesquisa vem da experiência pessoal – o cenário é muito semelhante à minha própria experiência escolar (uma escola do mesmo sexo em Kent, assim como a escola de Nick e Charlie!). Mas também me voltei para as experiências de homens queer ao escrever certos aspectos das experiências de Nick e Charlie – livros, artigos, documentários, vídeos do YouTube etc.”

Subverter estereótipos era um dos objetivos de autora, que também se utilizou da realidade adolescente para ilustrar essa história: “A tecnologia e a internet são parte essencial da vida dos adolescentes, por isso sempre as incluo em minhas histórias.”

Por aqui sempre falamos de como filmes, séries e livros mudam vidas. E com Heartstopper não é diferente, certamente essa história mudou a vida de alguém em algum lugar do mundo, daí a necessidade de se manter relevante a contação de histórias que exploram a vida de personagens gays e transgêneros. “Enquanto houver gays e transgêneros, sempre precisamos de livros que protagonizem personagens gays e transgêneros.” – Externa Alice

Porque contar Heartstopper como quadrinhos? Talvez essa possa ser uma questão que você tenha, Oseamn explica: “Eu sempre amei quadrinhos e romances gráficos e decidi que um gráfico seria a maneira perfeita de explorar a história de Nick e Charlie. A história deles não funciona como um romance em prosa porque é muito episódica – não tem um enredo abrangente como um romance. Com uma graphic novel/webcomic, posso aproveitar o tempo com os momentos menores da história de Nick e Charlie e explorar uma variedade de tópicos e temas sem ter que me preocupar muito com a história ter uma estrutura de enredo do tamanho de um romance.”

 Nick e Charlie, são dois adolescentes britânicos em uma escola primária só para meninos. Charlie, um pensador muito sensível e abertamente gay, e Nick, um jogador de rúgbi alegre e de coração mole, um dia são feitos para se sentarem juntos. Eles rapidamente se tornam amigos, e logo Charlie está se apaixonando profundamente por Nick, embora ele não ache que tenha uma chance. Mas o amor funciona de maneiras surpreendentes, e Nick está mais interessado em Charlie do que qualquer um dos dois imaginava. Heartstopper é sobre amor, amizade, lealdade e doença mental. Abrange todas as pequenas histórias da vida de Nick e Charlie que, juntos, constituem algo maior.

Kit Connor, Joe Locke, Yasmin Finney, William Gao, Corinna Brown, Kizzy Edgell, Cormac Hyde-Corrin, Tobie Donovan, Rhea Norwood e Sebastian Croft formam o elenco da adaptação. Euros Lyn, conhecido por séries como “Doctor Who” (2005-) e “Sherlock” (2010-2017), assume a direção de “Heartstopper”. A própria Oseman assina o roteiro dos episódios.

Heartstopper estreia na Netflix dia 22 de abril. Inscreva-se no canal do Youtube para acompanhar os conteúdos sobre a série por lá!

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