10 filmes de horror para o Dia dos Namorados – Oh Zotto!
Casais apaixonados costumam procurar um bom romance para assistir com seu par no Dia dos Namorados. Felizmente, fãs de filmes de terror não precisam abdicar do gênero neste data. Horror e romance andam juntos, até porque o amor pode ser muito assustador por conta própria, convenhamos. Sempre há lugar para olhares apaixonados e corações cheios de ternura, ainda que acompanhado de sustos, sangue e desmembramentos. Satisfaça sua sede de horror sem deixar de fora anseios românticos nesta lista especial para uma data tão romântica.
10. Dia dos Namorados Macabro (My Bloody Valentine, EUA 1981) Na onda dos sucessos de terror temático como Black Christmas, Halloween e Sexta-Feira 13, George Mihalka foi contratado para dirigir o primeiro terror com o tema Dia dos Namorados. Após uma grande batalha com a Associação de Cinema dos Estados Unidos, sofreu um dos cortes mais famosos do gênero e ganhou a reputação de conter uma das cenas mais sanguinolentas já censuradas de um filme. Mesmo mutilado, é um ótimo exemplar de slasher e feito sob-medida para este dia.
9. The Loved Ones (Idem, Australia 2009): Quando Lola Stone (Robin McLeavy) pede a Brent (Xavier Samuel) para ser seu par no baile de formatura do colégio, ele educadamente diz não. Grande engano. Esta mistura peculiar de A Garota de Rosa Shocking e Louca Obsessão resultou em um horror grotesco e bem humorado, que chama atenção pela sua trama bem destilada. Há poucos filmes de terror contemporâneos que realmente tem algo a dizer sobre a imprevisibilidade da natureza humana, sem mencionar a capacidade de encantar e satisfazer até o mais cansado dos fãs.
8. Sede de Sangue (Bakjwi, Coréia do Sul 2009): Dirigido por Chan-Wook Park (da Trilogia da Vingança, famosa por Old Boy), o longa carrega cada um dos traços de sua direção: é brutal, trágico, poético e artístico. Se trata de um conto de vampiros original, destes imprevisíveis e cheio de reviravoltas. Perfeito para quem gosta de histórias de amor pouco convencionais, a trama mistura romance e horror em uma belíssima fotografia.
7. Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser, EUA 1987): Algumas pessoas fazem tudo pelo ser amado. Esse é o caso da adúltera Julia (Clare Higgins) quando descobre que sangue derramado pode trazer de volta à vida seu falecido amante Frank. Clive Barker é um dos autores mais talentosos do terror e faz um excelente trabalho em dirigir seu próprio conto neste verdadeiro marco do gênero, repleto de intensidade, tanto emocional, quanto fisica. Lembrado pelo personagem Pinhead, a obra nos apresentou um dos maiores ícones do terror, mas é também uma história sobre amor, dor e prazer.
6. Pelo Amor e Pela Morte (Dellamorte Dellamore, Itália 1994): Rupert Everett interpreta um zelador de cemitério chamado Francesco Dellamorte neste longa de Michele Soavi. O terror italiano foi bastante estereotipado ao longo dos nos pela sua prodigalidade visual e este é um exemplo que foge deste território. Aqui, o foco é o diálogo, trama afiada e forte desenvolvimento dos personagens. A obra incorpora vários gêneros em um só: zumbis, gore, humor negro e, é claro, romance. Fundamental para fãs de terror de qualidade, em especial os amantes da obra de George Romero.
5. Nosferatu – O Vampiro da Noite (Nosferatu: Phantom der Nacht, Alemanha 1979) Contado por um mestre do cinema, este não é apenas um remake do clássico silencioso de FW Murnau, mas uma extensão. Werner Herzog dirige a história de Bram Stoker de forma mais direta que o original e reintroduz personagens nesta releitura do conto. O personagem-título aqui é careca, cadavérico, com as unhas compridas e duas presas na boca. Excepcionalmente vivido por Klaus Kinski, seu Conde Drácula é astuto e trágico ao alimentar a paixão por Lucy, interpretada pela bela Isabelle Adjani. A visão singular de Herzog impõe ao filme a perfeita sintonia entre a beleza e o horror.
4. Sangue de Pantera (Cat People, EUA 1942) Um casal apaixonado está com um problema fora do convencional. Irena (Simone Simon) é vítima de uma antiga maldição que a transforma em uma pantera negra quando é emocionalmente excitada. Os dois querem se casar, mas logo se torna evidente que essa maldição dificultará a relação muito mais do que poderiam prever. A principal razão pela qual a película é tão encantadora é o mistério da trama central – que aborda temas como luxúria, agressão e não ser capaz de dominar certas emoções. Ganhou um remake em 1982, mas seu suspense atmosférico continua inigualável, sendo um dos filmes de terror mais influentes de todos os tempos. Fãs de Hitchcock e de noir provavelmente vão apreciá-lo mais.
3. Deixa Ela Entrar (Låt Den Rätte Komma In, Suécia 2008) Oskar (Kåre Hedebrant) é um menino de 12 anos que desenvolve uma paixão inocente pela sua nova vizinha, Eli (Lina Leandersson). O que vem a seguir é um conto de vingança e amor púbere, feito com direção criativa e ótimas performances do jovem par de protagonistas. Adaptado do livro best-seller de John Ajvide Lindqvist, o diretor Tomas Alfredson ousa misturar a inocência adolescente e horror em uma trama que cativa pela doçura. Trata-se de um daqueles filmes especiais que simplesmente desafiam a categorização. É mais do que um filme de terror, é uma joia do cinema sueco contemporâneo.Em 2010 teve uma versão americana, mas não é tão interessante quanto o original.
2. Coração Satânico (Angel Heart, EUA 1987) Altamente assustador, esta obra-prima de Alan Parker é um dos filmes mais marcantes de todos os tempos. O roteiro é de primeira linha, com uma trama que inclui misticismo, vudu e cenas intensas de amor e sexo, em uma atmosfera meticulosamente preparada, cheia de alegorias e dicas sutis. Com Robert De Niro e Mickey Rourke no elenco, é um exemplar singular do horror psicológico, a melhor opção para quem procura um suspense inteligente. Prepare-se para um final macabro, aterrador a ponto de ficar na mente por muito tempo.
1. Audition (Ôdishon, Japão 1999) Por uma boa parte, a fita nem sequer parece com terror. Ela começa quase como uma comédia romântica onde o viúvo de meia-idade Aoyama (Ryo Ishibashi) concorda com o esquema de um amigo produtor de cinema para encontrá-lo uma nova esposa: convocando mulheres para audições de filmes falsos. A ex-bailarina Asami (Eihi Shiina) é a candidata que mais chama sua atenção, mas nada poderia prepará-lo para o resultado final. Um dos mais interessantes cineastas em atividade, Takashi Miike inspirou uma geração de novos diretores pela excentricidade de sua obra, repleta de violência e anormalidades. Aqui, Miike vai muito além da violência gratuita. Mas saiba que os minutos finais são tão desconfortáveis como o filme pode parecer no início.