Duna é mais que um filme, é uma experiência
Duna, a nova aposta de sucesso da Warner e o novo filme de Denis Villeneuve chega hoje, 21 de outubro, aos cinemas.
Esta é a mais nova adaptação da obra de Frank Herbert e quiçá a melhor já feita em termos de estrutura e contação de história.
Duna é complexo e desafiador e foi a inspiração para a maioria das aclamadas obras de ficção científica, entre eles Star Wars [Isso fica incrivelmente visível ao longo do filme], e aqui o conjunto da obra foi entregue com maestria.
Em suma, a trama transita por dois ambientes em uma linha tênue entre a política e guerra; e entre o misticismo e a fé que rege o universo.
Paul tem sonhos com uma misteriosa jovem (Zendaya) e diversos outros personagens habitantes do deserto. Seu caminho é percorrido entre acreditar nessas visões ou usá-las para abrir novos caminhos. No planeta Arrakis, vários nobres disputam o controle da sua principal riqueza, a “especiaria”. Essa substância é produzida pelos vermes da areia, isto é, criatura carnívoras gigantescas habitantes do subsolo do deserto, onde o povo Fremens vive. Quando consumida, a especiaria tem propriedade entorpecentes e são cruciais para viagens espaciais, ou seja, ela permite aos navegadores se guiarem através do espaço.
Como toda essa riqueza, mas escassez de água e temperaturas altíssimas, o povo local sofre com a perpétua exploração. A extração estrangeira da substância torna-se ponto de conflito político-econômico interestelar. Semelhanças com nosso mundo não são mera coincidência.
As cenas de ação existem, mesmo que em pouca quantidade já mostram que foram bem trabalhadas e ditam o tom do que está por vir, além desta parte inicial que funciona basicamente como uma introdução do universo.
A escolha de Timothée não poderia ter sido mais assertiva. O ator entrega o medo, a dor, a surpresa e todas as outras sensações sem a menor necessidade de verbalizar.
Os olhares [muitas das vezes em um plano intimista], os sons, e a fotografia diz muito sobre Duna, que em quase 3 horas de duração se torna não somente uma experiência cinematográfica, mas uma experiência sensorial.
Duna chega hoje, 31 de outubro, nos cinemas.
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