Vale a pena assistir SEX/LIFE, nova série original da Netflix?
Eu como uma boa amante de literatura Hot, me apaixonei por Sex/Life só pelo trailer. Quando dei o play na série original da Netflix, percebi de cara uma narrativa que condizia com aqueles livros que amava consumir, e depois de descobrir que sim, era uma adaptação, tudo fez sentido.
Seguindo a famigerada premissa de triângulos amorosos, Sex/Life acompanha Billie, uma mulher que oito anos atrás decidiu abrir mão da sua vida de noitadas para viver um relacionamento perfeito, constituindo uma família perfeita… Até perceber que tudo que decidiu abdicar lhe fazia falta. Depois de 18 meses sem ser “tocada” por ser marido “perfeito”, Billie começa a fantasiar com seu ex Brad e passa a por essas memórias em um diário.
O problema é que seu marido, Cooper encontra o diário, e dentro dele, agora, há um misto de querer fazer todas as loucuras que Brad fez com Billie, e de entender que nunca será esse cara.
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E é através dessas crises conjugais, cenas bem interessantes, juras de amor eterno e alguns questionamentos, contados sempre na perspectivas de flashbacks e cenas no presente, que somos conduzidos ao longo dos 8 episódios.
Podemos amar duas pessoas tão diferentes ao mesmo tempo? Amores do passado, podem estar vivos anos depois? Monogamia existe?
Como comentei no início, Sex/Life tem uma narrativa muito similar aos de literatura Hot. Um Bad boy com problemas familiares, uma mocinha que acha pode domar o cara, ele não lida bem com compromisso, e anos depois após se dar conta, que amava a mocinha, volta pra atormentar seus sonhos… Superficial? Talvez, se não viesse na bagagem, inúmeros debates extremamente necessários sobre como as mulheres são vistas pela sociedade e do engessamento de perfeição que ela nos impõe.
Sex/Life, definitivamente não é uma história vazia se você souber enxergar entre camadas, mas é isso, nem todas as histórias conversam com a gente, e isso esta perfeitamente bem, mas julgamentos não cabem aqui. Principalmente quando nos apresenta uma protagonista extremamente bem sucedida em sua profissão, mas que se permite ser quem quiser ser sem pudores. A série vem para honrar o olhar feminino.
E para esse olhar se faz necessário valorizar a atuação de Sarah Shahi. A atriz se entrega à sua personagem sua nudez, quase que em 70% da série reflete não somente a liberdade, mas também a ambiguidade dos relacionamentos.
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O ritmo do show muitas vezes, é interrompido por aquela linha do tempo em zigue-zague e pelo alongamento de certos enredos que se repetem constantemente. É verdade que as pessoas envelhecem, se acomodam e mudam à medida que envelhecem, adquirem mais responsabilidades e se expandem para formar uma unidade familiar, mas até que ponto, abdicar de tudo vale a pena?
Por mais que entendamos que Billie abriu mão de muito, a série não nos explica porque, ficando muito da história em segundo plano… Ou seja, muito sex e pouca life, afinal a life não é só sex, se é que me entende. O que nos leva a crer, que muito talvez seja explicado em uma segunda temporada, caso haja.
Agradando a todos ou não, a maior lição de SEX/LIFE é não mude, nem suprima suas vontades por absolutamente ninguém. Viva livremente!
A primeira temporada de Sex/Life está disponível na Netflix.