Um Príncipe em Nova York 2 chega repleto de nostalgia
Já se passaram muitos anos desde que Um Príncipe em Nova York chegou aos cinemas. Em 1988 os recursos não eram tão evoluídos e modernos como temos hoje em dia, mas o pouco que existia foi suficiente para tornar o filme um ícone da comédia cinematográfica. Anos depois, a história retorna em Um Príncipe em Nova York 2 e agora com os recursos tecnológicos atualizados, o que já era bom fica ainda melhor. Ao menos em questão de imagens. A comédia inata a Eddie Murphy parece ter sido lapidada com o tempo e não o vemos mais tão solto como o vimos no primeiro filme.
Com a ajuda de Arsenio Hall e outros personagens que retornam, ele consegue criar a atmosfera da primeira produção e cria um clima nostálgico para o público. Caso você não lembre do primeiro filme, recomendamos fortemente que assista novamente. Ele está disponível na Amazon Prime Video, assim como a sequência. Uma vez que você não esteja interessado em ver tudo de novo, o filme entrega a quantidade suficiente de flashbacks para atualizar o público mais esquecido.
O filme
Um Príncipe em Nova York 2 é muito mais do que apenas uma sequência, mas também uma chance de dar novamente destaque aos atores do primeiro filme. Murphy seguiu a carreira, mas há tempos não víamos o rosto de Hall ou de James Earl Jones, cuja voz deu vida a personagens como Darth Vader e Mufasa. Jones retorna a sequência, mesmo que brevemente. Akeem (Murphy) agora não é mais um príncipe e se tornar rei trouxe grandes mudanças em sua vida. Ele agora precisa representar Zamunda e todo o brilho e divertimento que o jovem príncipe tinha ficou para trás. A responsabilidade não lhe fez bem, mas ele demora para perceber.
O filme nos mostra uma nova versão de Zamunda, agora não mais um cenário pintado em tela. A tecnologia permitiu que o reino criasse vida e tudo o que vemos ali, por mais que saibamos ser computação gráfica, convence e encanta o público. O cenário colorido faz referência ao filme e o figurino mais uma vez esbanja homenagens a países africanos. O retorno dos personagens é a cereja do bolo do filme e a ausência de Madge Sinclair como a Rainha logo é sentida. A atriz faleceu em 1995, com apenas 57 anos, vítima da leucemia. Mas se o segundo filme não trouxe uma grande personagem, ele certamente marcou presença com uma adição inusitada ao elenco. Morgan Freeman faz uma pequena participação como o host do funeral do Rei e é impossível não lembrar de seu papel como Deus.
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Um Príncipe em Nova York 2
Muitos pensavam que a sequência do filme de 1988 seria algo previsível, o que não foi. Existem muitas homenagens e menções a primeira produção, mas a segunda consegue caminhar com as próprias pernas. Eddie Murphy foi muito inteligente ao desenvolver a trama, usando as mudanças que aconteceram na sociedade e aproveitando para lidar com alguns absurdos que poderiam ter sido criados.
Akeem agora tem três filhas mulheres e precisa de um herdeiro homem para assumir seu lugar (ou um marido para a filha mais velha). A menina dedicou a vida a Zamunda e espera que um dia possa seguir os passos do pai. O General Izzi, interpretado por Wesley Snipes, por sua vez, acredita que a opção do marido seja uma solução. Buscando resolver os problemas financeiros de sua terra, ele espera que o casamento possa resolver sua vida, nem que ele precise usar um exército armado até os dentes para isso. É então que Lavelle Junson (Jermaine Fowler) entra em cena, como um filho perdido de Akeem que ficou em Nova York. O menino criado no Queens é o exemplo oposto de um rei de Zamunda e é em cima disso que o filme se cria.
A mãe de Junson, aqui vivida por Leslie Jones, é um dos grandes destaques do filme, com uma atuação brilhante. Ela entrega outro tipo de comédia, algo que beira as comédias familiares brasileiras.
Um Príncipe em Nova York 2 está disponível no Amazon Prime Video.