‘A Escavação’ aborda parte oculta da história e nos mostra a continuidade da vida

Uma das maiores apostas para o Oscar 2021, chegou hoje, 29 de janeiro, na Netflix. ‘A Escavação‘, mostra a verdadeira história por trás da descoberta arqueológica do cemitério medieval de Sutton Hoo, onde um navio anglo-saxão intocado jazia.

O filme adapta o livro de mesmo nome, escrito por John Preston, e se situa no ano de 1938, onde um arqueólogo é contratado por uma viúva, afim de investigar as terras de sua propriedade, acaba encontrando um tesouro histórico, que viria a mudar o curso da história da Grã-Bretanha

Enquanto um acha que são túmulos, o outro não só acredita ser algo mais, como comprova, com evidências, que ali existiu uma sociedade; lançando uma lupa na chamada idade das trevas.

E por mais que a trama nos mostre uma disputa pelos louros da descoberta, com o tempo temos a maior lição, que por mais significativa que pareça, nada apagará as dores do passado, e como às vezes este [passado], se resume a frágeis fragmentos.

Precisamos destacar as atuações de Lily James e Ralph Fiennes perfeitos em seus papéis, despindo cena a cena, as camadas de seus personagens; através de diálogos precisos.

Com a descoberta arqueológica servindo de fio condutor, passeamos por elementos, tais como: uma doença terminal, o sucesso inesperado; aliado a paisagens deslumbrantes e melancólicas; nos conduzindo á uma guerra eminente, anunciada pelos aviões que cruzam constantemente o céu.

Através de uma metáfora brilhante sobre a vida, ‘A escavação’ surpreende positivamente aos que apreciam um bom drama histórico. Comovente e sensível na medida, o filme reforça a ideia de que “…somos parte de algo contínuo. Então, nós não morremos, realmente.” Vale cada minuto de sua atenção.

Os olhos da academia, certamente se voltarão para ‘A escavação’. E os seus?

‘A Escavação’ já está disponível na Netflix.

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