Mulher-Maravilha 1984 é um dos melhores filmes da DC
Um dos filmes mais aguardados de 2020 finalmente chegou às telas de cinema. Mulher-Maravilha 1984 veio para, enfim, sacramentar uma estreia que vem sendo aguardada pelos fãs desde junho, quando o filme sofreu o primeiro adiamento. Após cancelamentos e trocas de data, dezembro chegou e com ele, um dos melhores filmes da DC Comics. O enorme sucesso do primeiro capítulo da agora franquia, protagonizada por Gal Gadot, abriu portas para todo um investimento no segundo capítulo e MM84 certamente não decepciona.
Muitas foram as cenas divulgadas na internet previamente, mas acredite, nada estraga ou da spoiler do que vem pela frente. Ao todo são 210 minutos de filme, que ainda contam com uma cena pós-créditos. Pode parecer muito, mas o tempo corre diante dos olhos e antes que possamos perceber, já estão subindo os créditos e ficamos incrédulos, esperando por uma possível continuação. O filme traz os clássicos clichês das tradicionais obras do gênero, afinal, não podemos esquecer que estamos diante de um filme de super-heróis. MM84, contudo, traz um quê único, algo próprio da franquia criada por Patty Jenkins.
O Filme
Como já vimos nos inúmeros trailers lançados, Steve Trevor (Chris Pine) está de volta. A razão já circulava pela internet há um tempo e se concretizou. Um antigo artefato produzido pelos deuses volta a rodar pela população após um assalto a uma joalheria dentro de um shopping. A Pedra dos Desejos cai nas mãos de Barbara Minerva (Kristen Wiig), gemologa do Museu Smithsonian. É lá que Diana está trabalhando em 1984, tentando seguir sua vida de heroína secreta, enquanto ainda lida com o luto de perder Steve. O que Barbara pensou ser apenas uma pedra, se mostra algo extremamente perigoso, cujos efeitos se revelam catastróficos para a população mundial. A pedra concede um desejo a quem o faz, mas toma em troca o que a pessoa mais valoriza.
O grande vilão do filme é Maxwell Lord (Pedro Pascal), um empresário fracassado do ramo de petróleo. Ele precisa encontrar uma forma de botar seus negócios de volta a ativa, caso contrário terá que devolver todo o dinheiro de seus investidores. Em suas pesquisas, Lord descobre a Pedra dos Desejos e descobre sua localização no Smithsonian. Usando sua influência sobre a tímida e desajeitada Barbara, ele toma posse da pedra. Quando desejos começam a ser feitos, as consequencias começam a aparecer e atingem uma escala em proporção mundial. Diana precisa lidar com a volta de Steve, ao passo que não percebe as consequências do seu próprio desejo.
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Os vilões
Ao longo de duas horas e meia, o filme consegue criar um início, meio e fim para sua história. Não há necessidade de introduzir Diana e Steve a trama mais uma vez, mas Maxwell e Barbara são personagens fundamentais para a nova história. Ele é o vilão perfeito, com motivos rasos, mas suficientemente fortes para leva-lo a loucura e ganância. Pascal está em uma de suas melhores atuações, senão a melhor. O ator consegue demonstrar todo seu lado vilanesco e maníaco no papel de Lord, algo não visto antes em atuações como The Mandalorian, Narcos ou Game of Thrones. O arco de cenas de seu personagem encaixa na história de Diana e foge do clichê dos vilões com super-poderes, como aconteceu com o Ares de David Thewlis no primeiro filme.
Enquanto Pascal surpreendeu e entregou o vilão do filme, a Mulher-Leopardo de Kristen Wiig foi um verdadeiro desastre. Se Mulher-Maravilha 1984 tem um ponto negativo claro, ele se chama Barbara Minerva. Uma das maiores vilãs dos quadrinhos da Mulher-Maravilha foi introduzida na história e simplesmente deixada de lado. A personagem é fraca quando humana e fica ainda mais bizarra e desnecessária nos breves momentos como a vilã. Wiig e Gadot esbanjam química em tela, mas foi só vestirem seus uniformes para tudo ir por água abaixo. Em uma cena extremamente mal pensada, as duas se enfrentam em uma luta que tinha tudo para ser épica. O resultado foi algo simplório e mal feito, com um CGI muito mal desenvolvido.
Esse era o filme do vilão de Pascal, não havia a menor necessidade de conhecermos Barbara agora. Quem sabe em um terceiro filme sua personagem encontre uma possível redenção, pois por enquanto, a Mulher-Leopardo é dispensável e sua ausência não teria feito a menor diferença na trama como um todo.
MM84
O filme segue o mesmo molde do primeiro, trazendo cenas heróicas de Gal Gadot. A atriz está deslumbrante como sempre, nos levando a pergunta se ela realmente não vem de Themyscira ou se ao menos é humana. Gal está mais linda do que nunca, seja de dourado ou usando roupas “normais”. Em suas cenas épicas como Diana, voando, usando o laço ou simplesmente sorrindo, a atriz consegue arrancar lágrimas dos olhos e sorrisos do rosto do público. Gal Gadot nasceu para ser a Mulher-Maravilha e nós temos apenas a alegria de conseguir vê-la em tela. Usando a tradicional Armadura da Águia dos quadrinhos ela literalmente brilha e só fica a dúvida: Gal, você é real ?
E por falar na armadura, esse é o filme para fã nenhum da Mulher-Maravilha botar defeito (com exceção da vilã de Kristen Wiig). O que dizer de cenas em que o laço da verdade é empunhado ou outros artefatos clássicos da heroína que, enfim, foram lembrados?
Referências, uma deslumbrante Gal Gadot, um vilão maníaco e uma mensagem importante ao final. Patty Jenkins repetiu a fórmula de sucesso do primeiro filme e atingiu um andar mais alto em seu segundo filme. MM84 é lindo do início ao fim, contando com uma trilha sonora incrível de Hans Zimmer que é a cereja do bolo. O filme não é perfeito, mas certamente entra para a lista de produções de sucesso da DC.
Mulher-Maravilha 1984 chega em dezembro aos cinemas brasileiros.