3% encerra seu ciclo deixando uma mensagem de esperança e um legado para a Netflix
Chegou na Netflix, a última temporada de 3%, sua primeira série original brasileira, e certamente ela deixa um grande legado para a plataforma.
A distopia que estreou em 2016, se baseou em uma “websérie” criada por Pedro Aguilera disponibilizada no Youtube, e foi, de fato, uma aposta ousada do streaming, que logo ganhou repercussão mundial, tornando-se um sucesso internacional.
Este último ano apresenta uma guerra eminente entre o Maralto e Concha. Em meio a um novo processo iniciado a revelia, Joana, Marcos, Rafael e cia são convidados à conhecer o Maralto. O que parece ser uma missão de paz se torna um caos onde todos serão afetados. O Mundo que era dividido será forçado a se unir… será que vai dar certo?
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A temporada final é carregada de simbolismos políticos e trazem a tona muito do nosso país. A pobreza, a desigualdade social, meritocracia, o fanatismo são alguns dos fios condutores destes sete episódios, além dos debates sobre conservação e tecnologia; temporada essa que se inicia tentando encontrar um ritmo e acerta quando saímos do Maralto e voltamos para o Continente.
Chega a ser irônico esse incômodo narrativo dos episódios iniciais, o como se o Maralto estivesse tão fora da nossa realidade, que todo aquele universo não fazia sentido dentro da trama, mesmo fazendo de fato. Os efeitos estão muito bons e mostram uma grande evolução, no entanto houveram pontos consideráveis, como a construção da vilania de Glória e de André, ou da Michelle, que só conseguimos de fato entender sua jornada nestes episódio finais.
Vaneza e Rodolfo Valente tomam para si o protagonismo do show, trazendo ao mesmo tempo uma interpretação honesta e bem desenvolvida ao longo destes 4 anos.
Contudo, mais do que pontos positivos ou negativos o final de 3% traz emoção. Não só a emoção do orgulho de ver “nossa produção” despontar, mas a emoção nos olhos do atores na cena final, que era genuína… e dizia muito, principalmente do sonho de igualdade, do sonho de uma democracia, do sonho de que todos possam exercer seu papel social sem machucar ninguém, do sonho da voz do povo sendo ouvida… O final digno para uma distopia, que mostrou o vislumbre de uma utopia.
Se vale a pena assistir 3%? Com certeza sim! Um show com altos e baixos, assim como tantos outros, mas que se consolidou e conseguiu transmitir a mensagem que desejou desde o início!
Todas as temporadas de 3% estão disponíveis na Netflix
Sou brasileira, Carioca da Gema, Bióloga, professora, Nerd, Traveller e geminiana. 35 anos com carinha de 25. Movida a filmes, séries e livros. Na verdade tenho mais fases do que a própria lua mas uma coisa que todos precisam saber sobre mim é que eu sempre realizo meus sonhos!
