ARTIGO | Como os streamings revolucionaram Hollywood?

Com o Boom dos streamings nos anos 2000, mais precisamente em 2011, Hollywood precisou se (Re)adaptar. Mas diferente do que possa pensar, as grandes produtoras não se desmotivaram com a popularização das plataformas e sim, porque não, se aliar de alguma forma?!

Tudo parece ter começado com House Of Cards. Quando os produtores da série, procuraram a Netflix ao serem vetados pelas produtoras com a justificativa de que dramas políticos não faziam sucesso com o público. 100 milhões de dólares e duas temporadas depois, com o diferencial de tudo ser exibido via internet, a justificativa se mostrou errada.

O sucesso de House of Cards, foi só o início da mudança…

Fórmula do sucesso
A Netflix, ao aceitar o projeto se preocupou com algo que antes não era observado. Perceberam que o elenco, influenciava nos demais conteúdos.

A empresa percebeu que não era de costume dos consumidores, fazerem busca de títulos com determinado artista. No entanto, quando aparecia na sugestão “X” produção, ela era acessada e a partir dai buscavam por mais títulos com o ator.

Contudo, o grande diferencial do streaming foi possibilitar que o espectador, consumisse o conteúdo desejado através de qualquer lugar, em qualquer hora, de maneira prática e rápida. Seja por TVs, computadores de mesa, laptops, tablets ou smartphones.

Anos depois de seu lançamento, a Netflix parece ter encontrado seu foco. Obviamente oferece um conteúdo diversificado, com atualizações mensais. Mas, foi no público adolescente que se massificou. E procura apostar sempre na inclusão e representatividade em seus lançamentos, além de agregar títulos de vários lugares do mundo.

E Hollywood?
A indústria tem procurado inovar, e o streaming encontrou seu espaço dentro dela. Ainda com muitos obstáculos, muita relutância, as produções tem se mostrado de qualidade igualitária ou até mesmo superior das séries de TV e até mesmo blockbusters.

Muitos cineastas ainda não concordam que os filmes, séries e documentários dos streamings façam parte das grandes cerimônias de premiação, mas isso vem mudando, ano após ano. Inclusive, desde 2017, a Netflix tem visto seus títulos no topo das indicações, isso inclui o Oscar e o Globo de Ouro, garantindo algumas estatuetas para seus criadores. Recentemente, outras plataformas também tiveram produções indicadas, como por exemplo a Apple Tv+ e a Hulu.

Os streamings tem sido a casa de muitos filmes de festivais, com grandes diretores e ovacionados pela crítica especializada. A exemplo temos Bacurau (Telecineplay), Roma, O Irlandês (Ambos na Netflix). Todos filmes revolucionários e que hoje integram a playlist das plataformas digitais.

Inovação
Toda essa mudança veio para agregar, e trazer para o espectador, na sua maioria engajado, o consumo multiplataforma. A Disney, será uma das primeiras a trabalhar isso durante a fase 4 da Marvel, onde mesclará os conteúdos do MCU, entre os grandes blockbusters lançados nos cinemas e suas séries, pertencentes ao mesmo universo, que serão lançadas na plataforma de streaming , Disney Plus.

Fugindo de Hollywood, no Brasil o conceito multiplataforma já é muito utilizado pelo Streaming da Rede Globo, que disponibiliza além de suas novelas, séries, e extras no Globoplay.

É só o começo
A Netflix, foi somente a pioneira em algo que que hoje já se expandiu. Temos inúmeros streamings ao redor do mundo (Amazon Prime vídeo, HBO GO, Apple TV), inclusive os canais de TV (Globoplay) possuem seus próprios streamings para facilitar o consumo e até mesmo ampliar seu portfólio, no conceito dito acima de multiplataforma.

Em 2018, a Paramount foi o primeiro grande estúdio a firmar um acordo com a Netflix, para produzir um filme exclusivamente para o streaming. Esse simples acordo, mostrou uma clara inversão de papéis. Outro exemplo é a A24, que também firmou um acordo de produção de conteúdo para a Apple Tv Plus. Os estúdios passaram a ser executores de projetos por demanda e não somente para si.

Esse foi um dos principais caminhos encontrados pelas grandes produtoras, para se adaptar ao fim da hierarquia instalada há anos em Hollywood, e a movimentação que o On Demand causou no início dos anos 2000, e que certamente está longe de ter um fim.

E Nós, só temos a ganhar com isso!

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