HEROÍNAS | Da origem à representatividade!

Os Super Heróis surgiram durante a grande depressão, em 1929. Sendo popularizados entre as décadas de 1930 e 1950 com as sagas, voltadas para super heróis, conhecida como “era do ouro dos quadrinhos”.

FANTOMAH
A primeira super heroína da história dos quadrinhos foi a Fantomah, que apareceu na selva Comics # 2, em 1940.

A personagem foi criada por Fletcher Hanks, no início era uma princesa egípcia, mas no século 20, retornou como protetora das selvas.

Seus poderes incluíam feitiçaria, e para lutar contra o mal, se transformava e adquiria a pele de coloração azul. No entanto, a personagem nunca adquiriu popularidade, e sua trajetória foi finalizada.

Nos princípios das histórias em quadrinhos, personagens femininas eram retratadas em papéis pequenos e, muitas vezes, colocadas em uma posição singular de par romântico do super herói protagonista ou como uma mocinha em perigo.

Em 1941, surge a Mulher-Maravilha; Mas a primeira história completa da personagem só foi publicada em 1942. Apesar de as mulheres começarem a ganhar espaço e protagonismo nos quadrinhos, suas representações se mantiveram estereotipadas e sempre tratadas de maneira pejorativa.

Cabelos longos, cintura fina, busto destacado, roupas coladas e extremamente sexualizadas.

Mas um movimento começou a acontecer dentro das redações. Quadrinistas e roteiristas começaram a vislumbrar as personagem femininas com outros olhos, a fim de que, estas heroínas, possam alcançar o público feminino e que as meninas de todo o mundo se sintam representadas de alguma forma.

“Vou citar a Batgirl como um exemplo: Babs Tarr e o Cameron Stewart redesenharam a personagem de forma que ela de fato usasse roupas adequadas, confortáveis, plausíveis… O público jovem amou e as leitoras voltaram a se engajar na história.” – falou a quadrinista e ilustradora Rebeca Prado.

E Rebeca complementa:

“Não é só sobre diminuir o papel da mulher, é sobre representatividade, empoderamento e, para os homens, verem a mulher como personagem e não como acessório.”

Comprovadamente essas mudanças fizeram com que, de alguns anos para cá, aumentasse o consumo de quadrinhos pelo publico feminino, e que as meninas se envolvesse mais nas histórias, estabelecendo um grande papel de influência para as novas gerações de mulheres.

No entanto, ainda há muito a evoluir, uma prova é a publicação de quadrinhos onde mulheres estão na capa, consideradas como invendáveis pelas grandes editoras. Precisamos desmistificar algumas questões enraizadas e admitir que mulheres hoje, são sim um dos principais nichos e parte fundamental dos Nerds!

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