De volta ao tempo de Arthur e Távola Redonda
Em algum momento da vida, é provável que você já tenha ouvido falar da lenda do Rei Arthur. Mesmo que não a conheça em detalhes, os nomes Lancelot, Távola Redonda e Excalibur devem lhe ser familiar. Durante muito tempo, inegavelmente eram eles que carregavam o posto de heróis dentre os jovens. Embora hoje em dia tenhamos tal função atribuída a nomes como Thor, Mulher-Maravilha e Superman, livros sobre Rei Arthur ocupavam livrarias muito antes dos quadrinhos.
Com o advento da internet, muitos livros foram deixados de lado. Além disso, a propagação de HQs fez com que antigos heróis fossem praticamente esquecidos. Para a felicidade dos novos jovens, eventualmente temos uma dessas lendas reinterpretada por um rosto famoso nos cinemas. Rei Arthur, por exemplo, foi vivido por Charlie Hunnam em 2017. E mesmo que cada adaptação difira da anterior, só podemos agradecer por termos tais histórias presentes entre as novas gerações.
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Mas por que toda essa enrolação sobre a história de Arthur e seus cavaleiros? Assim como foi mencionado acima, a lenda da espada na pedra já foi adaptada diversas vezes. Conforme os anos avançam, a tecnologia favorece a interpretação da história, através de efeitos visuais cada vez melhores. O roteiro, porém, não foge daquilo que já conhecemos.
A mais nova versão chega em O Menino que Queria Ser Rei. Semelhantemente ao que já foi contado antes, essa nova produção é voltada para o público infantil.
O Menino Que Queria Ser Rei
Nessa nova história temos uma criança no papel principal. Logo percebemos não se tratar de Arthur, afinal,
Louis Serkis dá vida a
Alex, um menino de 12 anos que luta contra o bullying diário em sua escola. Ao lado de seu mais fiel amigo e escudeiro,
Bedgers (
Dean Chaumoo), ele ainda cultiva uma saudade imensurável pelo pai, que o abandonou ainda novo.
Embora tentem ficar quietos, sem provocar ou perturbar ninguém, a dupla sempre acaba sendo perseguida por
Lance (
Tom Taylor) e
Kaye (
Rhianna Dorris). E visto que Alex estava predestinado a ter sua história, durante uma dessas fugas ele se depara com uma espada presa em uma pedra. Em princípio tudo parecia uma grande brincadeira, afinal, como um menino de 12 anos tiraria uma espada fincada em um pedaço de concreto? Sendo herdeiro do Rei Arthur.
O Filme
Antes de mais nada, não podemos esquecer que O Menino que Queria Ser Rei é uma produção destinada ao público infantil. Diferente da produção estrelada por Hunnam, o objetivo aqui é divertir, ensinar e entreter. As cenas de ação e guerra são moderadas, ainda mais quando lembramos ser um filme de classificação livre.
Não espere uma trama rebuscada, densa e cheia de detalhes. São crianças, lembra? Para elas não é o roteiro que importa, mas sim o visual, e nisso o filme é realmente ótimo. O cenário é simplesmente incrível, e os personagens igualmente adoráveis. Através de diálogos simples e objetivos, a história se desenvolve de maneira óbvia. Não há mensagens escondidas, está tudo ali.
O Elenco
Uma vez que estamos lidando com a história de Rei Arthur, alguns personagens são vitais para trama.
Mesmo que roteiro se passe ao redor da vida de Alex, a grande atração de O Menino que Queria ser Rei é Merlin. Enquanto jovem, o famoso mago é vivido por Angus Imrie e sem dúvida é a melhor parte do filme. Com seu jeito atrapalhado e o jogo de mãos que fará muita criança tentar duplicar objetos em casa, Imrie traz uma nova versão de um dos bruxos mais famosos do mundo. Em sua versão tradicional, onde aparenta os cabelos brancos e um olhar cansado, Merlin é vivido por ninguém menos do que Patrick Stewart.
Além dos já mencionados, um último nome encabeça o elenco de O Menino que Queria Ser Rei. Rebecca Ferguson interpreta Morgana, irmã de Arthur e grande vilã da história. Ela é uma feiticeira extremamente poderosa e rancorosa, dominada pela ganância e pela inveja do irmão. Seu maior desejo é ter a Excalibur para si, nem que para isso tenha que destruir toda a Inglaterra.
Referências
O Menino que Queria Ser Rei nos proporciona longos minutos de divertimento. Mesmo que tenha caráter infantil, é uma daquelas produções gostosas de assistir. Ao passo que a história se desenvolve, os fãs de fantasia vão certamente pegar referências.
Além das menções óbvias a outras franquias famosas, como Star Wars e Senhor dos Anéis, muitos elementos ali nos remetem a obras igualmente famosas. Inegavelmente temos o fator “o escolhido”, onde dentre toda a população mundial, um jovem atrapalhado é a última esperança. Mas Alex é uma criança, o que torna tudo ainda mais inocente. É provável que a história de O Menino que Queria Ser Rei não se transforme no próximo Percy Jackson ou Harry Potter, mas por que precisaria não é mesmo?
A trama foi desenvolvida para crianças, e vê-las sorrir e/ou aplaudir após sair do cinema, foi para o mim o necessário. O Menino que Queria Ser Rei certamente cumpre seu propósito. Em um mundo repleto de realidade, um pouco de fantasia nunca é demais.
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