A Melhor maneira de fazer barulho, sem falar nada!
A primeira regra desse filme é
não falar sobre esse filme. Ou será que era
não falar durante o filme? De qualquer modo, o silêncio é um fator primordial para o aproveitamento total da obra. Trabalhando com cautela e dedicação seu terceiro longa,
John Krasinski mostra que, mesmo não tendo tanta experiência como diretor, tem ótimas técnicas para dirigir seus filmes e trazer novidades para o universo cinematográfico.
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Um dos focos principais do filme é a maneira de como os personagens, que não tem nomes, vão sendo moldados e construídos durante toda a trama. Mostrando a posição de pais que dariam suas vidas para salvar a dos filhos e que, mesmo em um cenário apocalíptico, buscam manter a família junta e em segurança.
O personagem do pai e da filha surda são os que recebem mais atenção do roteiro, criando conflitos entre os dois. A garota se culpa pela morte do irmão mais novo e acha que perdeu o amor de seu pai por esse mesmo motivo. A atuação de
Millicent Simmonds se destaca no filme quando contracena com
John Krasinski, ator e diretor do longa.
Por não ter espaço para diálogos o filme usa de recursos diferentes para expor as informações ao espectador. O uso de recortes de jornais sobre as criaturas se encontram coerentes na história e passam as informações necessárias sem precisar mastigar todas as informações antes de entregá-las, como já é comum no cenário atual. Além disso, o longa não vê necessidade de explicar a origem das criaturas e nem de focar muito nas diversas tentativas de combatê-las, dando para cada um a função de pensar em suas próprias teorias. A única parte em que é mostrado algo, é quando vemos em cena onde é mostrado, de forma natural, o funcionamento do mecanismo de caça dos monstros.
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Os únicos momentos do filme que pecam são os momentos finais, onde a falta de detalhismo e cuidado chega a incomodar. Como por exemplo o bebê recém nascido, que some de cena sem nenhuma explicação que justifique seu sumiço e mostre seu paradeiro. Além disso, após descoberto a maneira de combater e retardar os monstros, a história parece correr para terminar logo, sem se estender por nenhum minuto. Deixando a conclusão com uma sensação artificial de esperança.
Saindo do roteiro e indo para parte técnica, o filme tem músicas muito bem inseridas, usadas apenas para intensificar os momentos de tensão. Pode parecer incomum, mas o uso do silêncio é primordial para criar uma conexão entre o espectador e os personagens. De resto, é notável a dedicação de
Krasinski na direção do longa e o cuidado com a iluminação na tentativa de manter a tensão durante todo o decorrer do filme.
Em resumo, o filme não inova, mas consegue deixar quem o assiste tenso, com um susto que talvez nem venha, sem o uso exagerado de
jumpscares.
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Com poucas palavras, o filme faz o público mergulhar de cabeça nos acontecimentos e na mente de cada um dos protagonistas e deixá-los mais tensos a cada som mais alto no ambiente. Com essa obra, é possível contar muito, falando pouco.
O filme Um Lugar Silencioso já está disponível nos cinemas.
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