A trama complexa de A Ascensão do Mal, de Danielle Paige
Danielle Paige tentou algo ousado em sua trilogia: transformar em vilã uma das heroínas mais agradáveis da história. Estamos falando de Dorothy Gale, a protagonista de O Mágico de Oz dos anos 30. A autora, que começou a contar sua trama em Dorothy tem que Morrer, continuou a jornada da personagem no segundo livro, que recebeu o título de A Ascensão do Mal. A história começa no exato ponto em que a primeira termina, com Amy tentanto entender o que se passa na cabeça de Nox, ao passo que precisa derrotar a maior feiticeira de Oz.
A trama
Após ser treinada por meses para matar Dorothy, Amy falhou em sua única missão. Ela não apenas não conseguiu acabar com a vida da feiticeira, como também ateou fogo n brilhante Cidade das Esmeraldas. Graças a ajuda de Ollie e Mollie, Amy foi salva a tempo e levada, junto com Ozma, para o reino dos macacos, liderados pela rainha Lulu. Nox, Mombi e os outros membros da Ordem sumiram e a menina sabe que precisa fazer alguma coisa para encontra-los novamente, principalmente seu suposto namorado. Mas Dorothy e sua aliada, Glinda, ainda estão por aí e Amy sabe que a principal missão da dupla é acabar com sua vida. Ela já tem o coração do Homem de Lata nas mãos, mas ainda precisa do coração do Leão e do cérebro do Espantalho para tentar concluir sua missão novamente.
“Você tem que ter cuidado; a magia nem sempre cai bem ao pessoal do Outro Lugar. Você acha que é você que está usando a magia, mas um dia acorda e percebe que ela está usando você.”
Amy está com raiva e sabe que a magia dentro de si está crescendo. Ela é alertada sobre o que aconteceu com Dorothy e sabe que se não controlar, apenas irá se transformar em uma cópia de sua pior inimiga. Amy sabe que irá precisar de ajuda para derrotar Dorothy e ter Nox de volta em sua vida seria um grande passo. Além disso, recuperar a mente de Ozma poderia ajuda-la, afinal, ela já foi tida como a melhor governante de Oz.
Diferente do primeiro livro, que termina no auge de seus acontecimentos, o segundo começa de uma forma lenta, tentando localizar o leitor. Amy está passando por um processo e o livro conta de forma detalhada o que se passa na cabeça da menina. Temos a sensação de que o livro está planejando o público para algo gigantesco que vem pela frente, pois nos introduz novos personagens e cenários, como Policroma e seu reino do arco-íris.
O livro é curto, mas a riqueza de detalhes o torna um pouco lento. Amy é uma protagonista interessante, ao mesmo tempo que chata. Sua luta interna poderia ser mais explicada ou menos pessoal, mais voltada para a história em si. A personagem fica perdida em diversos momentos e o leitor é levado de um lado para o outro a todo tempo.
A Ascensão do Mal não é um livro ruim, apenas demorado demais para suas poucas páginas. É um ótimo prólogo para uma futura continuação, que chegará em Tijolos Amarelos em Guerra.
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No Brasil, o livro foi publicado pela Editora Rocco.