Quem lembra da série SCRUBS?

Hoje em dia, assistir seriados tem se tornado uma atividade cada vez mais comum. Por causa do Netflix e dos diversos sites que disponibilizam as séries para download, ficou cada vez mais fácil ter acesso às suas séries favoritas. Se levarmos em consideração a esmagadora quantidade de séries produzidas todos os anos, não é difícil perceber que, independente do seu gosto, será sempre possível encontrar alguma série que te agrade. Dentre todas as séries novas e modernas, eu estou aqui para fazer uma recomendação de uma série “antiga”: Scrubs. Digo antiga entre aspas, pois Scrubs lançou em 2001 e ficou no ar até Março de 2010. Fazem apenas seis anos desde o término da série, mas foram seis anos onde uma enxurrada de novas séries, com diversos novos formatos. Apesar de relativamente recente, Scrubs é da época em que você tinha que pagar TV a cabo para ter acesso às séries e ficar esperando cada semana pelo seu episódio novo. Quando Scrubs lançou, eu ainda estava colocando meus seriados favoritos para gravar em fitas VHS… Pois é, muita coisa mudou de lá pra cá. Enfim. Agora vou falar um pouco sobre a série. Criada por Bill Lawrence – que foi co-criador de Cougar Town, Spin City e que escreveu para várias séries de humor de peso, como Friends e The Nanny – a série acompanha a rotina de alguns residentes em um hospital chamado Sagrado Coração. Scrubs fez uma coisa que eu achei, sinceramente, genial. Ele pegou um gênero de série bastante utilizado – e com popularidade crescente na época – e o virou de cabeça para baixo. Seu objetivo era, claramente, ser uma paródia de seriados médicos, como Plantão Médico, House ou Grey’s Anatomy. Durante boa parte da vida da série nós acompanhamos John Dorian (comumente chamado de J.D. pelos amigos), interpretado por Zach Braff. Digo a maior parte da vida da série, pois a nona temporada foi uma tentativa de reboot com novo elenco que não deu muito certo (falarei disso mais adiante). J.D. é um dos muitos residentes que acabaram de entrar no Sagrado Coração e se esforça para ser bem sucedido como médico. Ele é um rapaz muito dedicado e esforçado, mas tem uma mente extremamente criativa e fantasiosa. A série é sempre contada e narrada a partir do seu ponto de vista e, muitas vezes, ele mistura a realidade com a sua imaginação, criando situações inusitadas e hilárias. Ao lado de J.D. tempos Cristopher Turk (Donald Faison), residente da área cirúrgica e melhor amigo de J.D. Os dois se conhecem desde a faculdade, estão super animados por trabalharem no mesmo hospital e até dividem um apartamento juntos. O relacionamento dos dois (que beira o homossexualismo, as vezes) é um dos pontos altos da série. A amizade deles está sempre em foco e é, sem sombra de dúvidas, o maior BROMANCE da história de todos os seriados do mundo (passado, presente e futuro). Sério, eu até falei deles aqui: Temos, também, Elliot Reed (Sarah Chalke) e Carla Espinosa (Judy Reyes, de Devious Maids). Elas são, respectivamente, os interesses românticos de J.D. e Turk. A primeira é uma colega de residência que, logo no primeiro episódio, cativa J.D. e eles acabam por viver um romance “vai não vai” não visto desde Rachel e Ross. Sim, essa mecânica de “será que eles vão ficar juntos?” é uma ferramenta extremamente clichê e utilizada em 11 de cada 10 séries dos Estados Unidos que, sinceramente, já está cansando. Mas o que diferencia Scrubs das demais séries é que ela reconhece o seu clichê e o abraça, fazendo até diversas referências e comparações com Friends. Já Carla Espinosa é uma enfermeira antiga no hospital, que já trabalhava lá oito anos quando a série começa. Ela é uma espécie de conselheira para J.D. (a quem ela carinhosamente chama de Bambi) e está sempre lá para lhe ajudar – principalmente nos seus primeiros anos na série. Na verdade, ela se considera a conselheira de todo mundo do hospital, o que é bem engraçado. Ela é latina e acaba por se relacionar e casar com Turk. Durante oito anos, a Scrubs gira em torno desses quatro grupos de amigos e mais alguns outros personagens adicionais que fazem de Sagrado Coração um lugar para se amar. Temos Robert “Bob” Kelso, o chefe de medicina que é responsável por gerenciar o hospital e que não se importa com nada além do dinheiro; Ted, o advogado do hospital que sofre de depressão; Perry Cox, o mentor de J.D., um médico veterano que já viu de tudo e que usa raiva e sarcasmo para afastar a tudo e a todos; e o zelador, cujo nome é um enorme mistério e que está sempre por ai, pronto para tornar a vida de J.D. um inferno. Esses, e outros muitos personagens, fazem parte do talentoso elenco da série que, a cada semana me fazia gargalhar. Isso sem contar as participações especiais, das quais Ed Cavanagh (Harrison Wells, de The Flash), Ryan Reynalds (Deadpool antes de ser famoso) e Michael J. Fox (preciso mesmo dizer quem ele é? Tá bom. De Volta para o Futuro) são apenas alguns dos grandes nomes que aparecem durante os nove anos de série. Scrubs é uma das melhores séries de humor que eu já assisti. De fato, se eu algum dia fosse fazer um top de séries de humor, ela provavelmente estaria no topo. O elenco talentoso tem uma excelente química entre si, os episódios são sempre auto-contidos, o uso da imaginação de J.D. ajuda na criação de situações hilariantes e absurdas e, sinceramente, a música de abertura é muito massa. Ela é quase perfeita, se não fosse por um simples – porém grave – defeito. Um dos maiores pecados cometidos pelas séries é a sua tendência a não querer acabar enquanto a vaca estiver dando leite. Scrubs não é a única a cometer esse pecado: Supernatural, Two and a Half Men, Grey’s Anathomy, The Big Bang Theory são apenas algumas das séries culpadas desse mal. Na oitava temporada de Scrubs, os personagens da série já tinham dado tudo o que tinham que dar e seus arcos narrativos já haviam sido esgotados. Mas, sem querer enterrar a proverbial vaca, o pessoal resolveu fazer um reboot com novo elenco e, apesar de Braff e outros atores das primeiras temporadas fazerem participações especiais, a série nunca mais voltou a ser a mesma. Isso não prestou e o Scrubs foi cancelada depois de sua nona temporada, que contou apenas com 13 episódios. Muito menos que os 25 episódios das temporadas anteriores (com exceção da sétima temporada, que foi ao ar em 2007, e teve apenas 11 episódios por conta da greve dos roteiristas que tava rolando na época). E, se você quiser só assistir as oito temporadas e agir como se a última temporada não tivesse existido, é totalmente compreensivo (é o que eu faria). Em, esse post já se estendeu demais, então vou lhes deixar com essa dica de série. Não, ela não está disponível na Netflix, mas tenho certeza de que vocês, jovens versáteis no uso da tecnologia, são capazes de arranjar uma forma de assisti-la. Então, vai assistir Scrubs? Já assistiu e acha ela engraçada pra c***? Acha que eu não entendo nada de série e que Scrubs é uma bosta? Deixe seu comentário abaixo. Aproveita também para nos acompanhar nas redes sociais. Afinal, é tudo COXINHANERD! Leia mais sobre Séries
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