HARRY POTTER | Para todos nós, fãs, Hogwarts É real!

HARRY POTTER PASSA LONGE DE SER APENAS MAIS UMA SÉRIE DE LIVROS E FILMES!

Sempre me senti meio deslocada, literariamente falando. Nunca ouve espaço pra mim no Guarani, Senhorinha e eu eramos completas estranhas, nunca achei que o Menino Maluquinho e eu fossemos sair pra brincar. Passei anos e mais anos procurando um lar, uma casinha, e nem precisava ser de sapê. Eu só queria um cantinho pra me esconder da vida real quando ela estivesse chata demais. Quando eu era criança não existiam elfos domésticos, eu não tinha ninguém a quem ofertar, carinhosamente, minhas meias, não existia um lago negro nos terrenos da minha escola… Nós não eramos separados por casas, não havia um chapéu que nos indicasse um lugar onde pessoas como a gente também estariam. Tinha pouca mágica, alguns dias não tinha mágica alguma, nada, nenhum pozinho de pirlimpimpim que pudesse dar uma amenizada nos dias difíceis… Então eu fui crescendo, mesmo sem magia… Na minha adolescência uma amiga compartilhou comigo um livro mágico, ela me emprestou e disse que esperava que eu gostasse, assim como ela gostava muito. Peguei aquele livro e a ansiedade tomou conta de mim, comecei a ler ele bem ali, no ônibus, no caminho de volta pra casa, pra minha casa, que não era mágica, era só mais uma casa num bairro cheio de trouxas… De repente: uma moto, um gigante e um menino numa cesta! UAU! A moto voava! Fui apresentada a Hagrid, mal sabia eu que ele seria um grande amigo pelo resto dos meus dias. E aquele menino na cesta? Porque estava sendo largado naquela porta? Quem diria que anos depois, Harry ainda ia morar aqui, né? Ele foi deixado na porta dos Dursley, mas completamente acolhido por vários corações como o meu. São 20 anos de Harry Potter! Na minha vida são 16! Dezesseis anos é muita coisa, é uma vida, é um pedacinho do Always que Snape sempre carregou no coração. Os livros cheios de magia, amizade e coragem me ensinaram tanto, me fizeram companhia em momentos onde eu precisava muito de um amigo. Lembro de cada risada, cada abraço, cada banquete! Lembro também das lágrimas, das lutas, dos desafios, das maldições e das mortes, como cada uma delas parecia levar um pedaço da gente, né? Lembram quando o Sirius morreu? Como foi difícil e cruel assistir aquela morte, como foi penoso ver aquela chance do Harry ter uma família se esvaindo naquele portal. Lembro também do momento em que Harry e Sirius se abraçaram com a promessa de um novo futuro, pena que não vimos acontecer. Lembro da dor nos olhos do Snape quando lançou a maldição em Dumbledore, não só lembro! Eu senti, você que é fã sentiu! Porque nós não apenas lemos os livros, nós vivemos cada um daqueles momentos, e até hoje eles se repetem a cada maratona. De todos os personagens, de todas as histórias, meu coração sempre bateu pela Luna! A inocência, a lealdade, o carisma, o sorriso puro e sincero, e principalmente sua capacidade de fugir do convencional, de estar bem, livre e leve dentro dela mesma, enquanto fã e enquanto ser humano (trouxa ou não) ela sempre foi uma inspiração pra ser melhor. Hoje tenho uma filha, minha Luna, minha inspiração. E por isso sou grata! J.K. Rowling nunca saberá a extensão, a profundidade do nosso carinho por aqueles bruxinhos, cada um deles, de todas as casas. Porque no fundo não importa sua casa e sim o seu coração. E quando perguntam sobre gostar de Harry Potter:
” – Até hoje? – Pra sempre!”
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