CORRA | Confira nossa crítica do filme do diretor Jordan Peele!
CONFIRA NOSSA CRÍTICA DO FILME CORRA!
Jordan Peele foi um comediante que se destacou por causa de sua criatividade. Tudo começou em Key & Peele, seu programa de esquetes para o Comedy Central, desde ali o mesmo já mostrava um grande talento para bons roteiro que criticavam a sociedade de uma forma única, utilizando do humor negro para realizar algo concreto. Mas o que aconteceria quando ele possivelmente chegasse aos cinemas? Simplesmente o melhor thriller de 2017 até aqui! Corra (Get Out) é basicamente um filme clichê dos longas de terror que vemos hoje em dia no cinema, mas o grande diferencial dele é sua perspectiva voltada a um humor negro e sobre o racismo presente na sociedade, isso fica claro logo nas primeiras cenas, quando vemos um policial pedir a carteira de identidade do protagonista negro mesmo ela não tendo nada haver com o acidente em questão. A história do thriller é bem mais complexa do que apenas um pequeno resumo. De uma maneira simples, Corra simplesmente segue Chris Washington (Daniel Kaluuya) indo passar um final de semana com sua namorada, Rose Arnitage (Allison Williams) na casa dos pais dela, onde conhece a família de Rose e vários convidados um tanto quanto misteriosos. Até nada demais, mas é ao chegar na casa deles que o desenvolvimento de personagens e da trama em si é iniciado de uma forma incrível. Ao conhecer mais da família Arnitage, Cris começa a notar coisas estranhas e mistérios dentro da casa que acabam por se revelar em Plot Twists fantásticos. O desenvolvimento do filme em si ocorre perfeitamente graças a um roteiro também escrito por Jordan Peele. É algo fantástico, porque liga tudo. As cenas iniciais do filme estão ligadas diretamente ao final e ao meio do longa para explicações simples. É interessante notar, o jeito como o diretor utiliza a fotografia para expressar e passar ao telespectador emoções de cada cena. Isso é visto muito nas cenas de hipnose, quando somos direcionados a um espaço preto com estrelas brancas, enquanto vemos um ser-humano preso, tentando ir em direção a luz mas não conseguindo se movimentar e é nessa parte que entra outra grande qualidade do filme: o elenco. Algo unânime é a grande qualidade que cada ator tem e as características que eles passam para seus respectivos personagens. Daniel Kaluuya despertou para o cinema nesse longa, preparem-se para ver muitos filmes com ele a partir de agora, porque com o sucesso e o talento dele, projetos é o que não vão faltar. Allison Williams também tem uma atuação importante para a história, se passando pela mocinha inocente mas que depois se revela com uma personalidade totalmente alternativa. Bradley Whitford, Catherine Keener e Caleb Landry Jones fazem a família de Rose, e também não deixam de entregar uma performance satisfatória. Lil Rel Howery é o lado cômico de Corra, muitos criticaram o papel dele na trama, mas eu achei extremamente necessário sua participação, principalmente no final quando finalmente vemos a diferença de tratamento que uma pessoa negra tem ao desaparecer e o tratamento que uma branca tem ao acontecer a mesma coisa. É algo que assusta qualquer um, ver como a cor da pele pode mudar tanto a opinião de alguém sobre o ser-humano. Corra mesmo marcando a estreia de Jordan Peele nos cinemas, já mostra que podemos esperar muito desse diretor no futuro. O que mais chama a atenção nesse longa, é seu formato simples mas objetivo. Há um roteiro um pouco fora da realidade ali, mas que com o avanço da trama e a atuação dos personagens, sem contar o principal ingrediente uma direção intrigante, nos faz entrar nessa realidade, acreditando que aquilo pode realmente ser real, isso sem levar em consideração todas as críticas a sociedade, até porque no fim das contas, todos temos que pensar e realmente entender que todos somos iguais, independentes da nossa respectiva cor. Veja mais sobre Filmes