Bienal do Rio 2015 bate recorde de vendas!

A 17ª edição da Bienal Internacional do Livro teve o maior público de sua história, 676 mil pessoas, em 11 dias. Dessas, cerca de 140 mil passaram pelo estande do Grupo Editorial Record. Em relação à feira de 2013 na cidade, houve um aumento de 15% no faturamento do grupo e de 10% no número de exemplares vendidos. Segundo a organização do evento, a maioria dos visitantes tinha entre 15 e 29 anos. Na lista de mais vendidos do grupo, os grandes campeões foram Invasão do mundo da superfície – Uma aventura não-oficial de Minecraft e Batalha pelo Nether – Uma aventura não-oficial de Minecraft – volume 2, ambos de Mark Cheverton pela Galera Júnior. Em seguida, aparecem O lado feio do amor (Galera), de Colleen Hoover, autora que esteve na Bienal no domingo, dia 6 de setembro; A garota no trem (Record), de Paula Hawkins; Perdida: um amor que ultrapassa as barreiras (Verus), de Carina Rissi, que também participou de vários eventos na feira; Livro de marcar livros (Verus); O diário de Anne Frank (Record); O sol é para todos (José Olympio), de Harper Lee; O caminho Jedi – Um manual para estudantes da Força e Manual do Império – Guia do comandante, ambos de Daniel Wallace pela Bertrand Brasil. Ana Lima, editora executiva da Galera Record, comemorou o sucesso de vendas dos livros inspirados no jogo Minecraft. “Contrariando a teoria que meninas leem mais que meninos, dois livros para meninos de até doze anos são os campeões de venda do nosso estande. Meninos e meninas leem. Todo mundo pode ler. Basta o livro despertar o prazer da leitura – mães chegaram ao estande com os filhos, procurando pelo volume 2 da série, porque o 1 já havia sido lido, duas, três vezes, e aquele era o primeiro livro que tinham conseguido terminar. Fico feliz por ter certeza que estes são os primeiros de muitos livros que essas crianças vão ler. Assim formamos leitores, provando que ler é legal.” Em entrevista coletiva realizada no encerramento, a organização do evento informou que em relação a 2013, a nota média dada pelos visitantes à Bienal subiu de 8,2 para 8,4. As vendas também subiram: estima-se que 3,7 milhões de exemplares foram comprados, um número 8% maior do que na edição anterior. Foram movimentados, ao todo, R$ 87 milhões, um crescimento de 18%. O curador do espaço Cubovoxes, João Alegria, se disse emocionado com a presença e a participação dos jovens nos espaços dedicados a eles. “Foram sessões lotadas, com grande variedade temática. Os leitores puderam tanto encontrar autores que amam, quanto conversar sobre redução da maioridade penal. Fizeram boas perguntas e surpreenderam a todos com o seu bom nível de leitura.” Editora record Pelo Cubovoxes, passaram vários autores da Record. Carina Rissi abriu o espaço na quinta-feira, dia da abertura da Bienal. Também conversaram com os leitores ali Eduardo Spohr, que lança Filhos do Éden: Paraíso perdido  (Verus) em outubro, Henrique Rodrigues, de O próximo da fila (Record), e Marina Carvalho, de Elena, a filha da princesa (Galera). As sessões de autógrafo e as conversas com os fãs no Auditório Madureira, onde ficava o Conexão Jovem, com senhas numeradas, foram dois pontos positivos do evento. Por lá, passaram o britânico Joseph Delaney, autor da série Caça-feitiço  (Bertrand Brasil), a britânica Sophie Kinsella, autora da série Becky Bloom, e a americana Colleen Hoover, da série Métrica (Galera). No último dia de debates do Café Literário, o poeta Ferreira Gullar, que lançou o Toda poesia (José Olympio), conversou com o público sobre a sua trajetória. Ele encantou a plateia ao revelar como sua poesia nasce do espanto com coisas simples como o cheiro de uma tangerina. Disse que a “arte existe porque a vida não basta” e que “a poesia e a vida são a arte do acaso e da necessidade.”
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